A menos de um mês para as eleições, a equipe de reportagem da TV Jornal foi às ruas para analisar a realidade da população e entender quais são os principais déficits sociais e como o voto é importante para diminuir a desigualdade. De acordo com uma pesquisa recentemente divulgada pela Fundação Getulio Vargas Social (FGV Social), cerca de 11,18% da população vive abaixo da linha de pobreza, no país. O número corresponde a 23,3 milhões de brasileiros.
Entre os anos de 2014 e 2017 os índices de pobreza aumentaram cerca de 33%, ou seja, mais de 6 milhões de novos pobres surgiram no Brasil. Quando o assunto são os direitos básicos para viver, a situação é preocupante. A população carece de qualidade de moradia, educação, proteção e outros tantos direitos.
Em relação a saneamento básico, por exemplo, no Brasil, ao menos 55% dos esgotos não têm tratamento. Em Pernambuco, o índice chega a 70%, aumentando os riscos à saúde da população que vive nessas condições. Especialistas indicam, no entanto, que as melhorias só podem ser feitas através de políticas públicas sociais, estas, muitas vezes associadas à melhora do índice escolar.
A realidade brasileira é difícil, inclusive, para crianças e jovens. Segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), seis a cada 10 crianças e adolescentes vivem na pobreza. Isso significa que 61% dos jovens de até 17 anos têm seus direitos básicos negados. Dentre esses direitos negados estão: educação de qualidade, informação, água, saneamento básico, direito à moradia e proteção contra o trabalho infantil.
Quando o assunto é segurança, os dados são tão alarmantes quanto a falta de infraestrutura para atender essas crianças e jovens em seus direitos básicos. A cada dia morrem, em média, 31 crianças e adolescentes, entre os 10 e 19 anos, pela falta de segurança. A mortalidade infantil é um aspecto problemático do país, que registra a morte anual de 42 mil crianças de até 5 anos de idade.
Se a mudança é feita através da escolaridade, o Brasil tem muito o que caminhar. De acordo com dados divulgados pela UNICEF, cerca de 2,8 milhões de crianças e adolescentes estão fora das escolas. Em Pernambuco, o número é de 148 mil jovens sem escolaridade.
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