Dois estrangeiros apontados como mandantes do assassinato de um engenheiro civil, em 2008, foram condenados a 12 anos de prisão durante julgamento que aconteceu no Fórum Joana Bezerra, na área central do Recife. O crime aconteceu no antigo bar Bamboo, em Setúbal, na zona sul da capital.
Segundo a promotora do caso, Rosemary Souto Maior, o resultado do laudo da perícia médica, indicou que a vítima foi asfixiada pelo alemão Hans Hermans e pelo austríaco Alfred Hartner. Para ela, a justiça foi feita e a sensação é de dever cumprido. "A pena de 12 anos para cada um é comum em casos similares, onde os acusados não possuem antecedentes criminais. A promotoria não conseguiu o acesso para receber os antecedentes dos estrangeiros em seus países de origem".
Ao final do julgamento, a mãe de Alisson Pereira afirmou que ainda não sabia o que estava sentindo com a condenação dos estrangeiros. "Só sabe quem passa", disse ela, relembrando a dor de perder o filho.
Apesar da condenação, os assassinos vão aguardar em liberdade, por que a defesa entrou com recurso de apelação logo após o fim do julgamento. O advogado de defesa de um dos acusados, George Freire, afirmou que a condenação foi contrária à prova dos autos. "Se o médico legista diz que a causa da morte é indeterminada, eu não posso jamais admitir receber uma condenação de uma prova de homicídio que é inexistente. Se não existe prova do crime, consequentemente não existe criminoso", afirmou.
A promotora rebateu a crítica e completou dizendo que os peritos foram bastante objetivos sobre a causa da morte. Houve uma luta corporal envolvendo a vítima e os acusados, e logo depois, o engenheiro foi asfixiado e morto. "Só existiam essas pessoas, os dois, não havia outra pessoa no local e tudo foi conjugado, foi convergente para o entendimento do júri. A autoria foi comprovada", finalizou.
Investigações do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apontaram que Alfred e Hans teriam estrangulado e espancado Alisson até a morte, após uma luta corporal. A denúncia do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) indicou que o engenheiro teria entrado em uma discussão motivada por homofobia.
Segundo testemunhas, Alisson teria se descontrolado e tentado entrar no banheiro feminino do estabelecimento, quando foi contido por Hans e Alfred. Ele teria levado uma “gravata” que quebrou seu pescoço. Funcionários alegaram que ele teria morrido ao cair, durante a briga, e bater com a cabeça no chão.
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