Famílias devem vacinar crianças de 1 a 5 anos contra sarampo e poliomielite entre 6 e 31 de agosto de 2018. É nesse período que ocorrerá a campanha de vacinação que prevê imunizar 95% desse público, isto é, mais de 11 milhões de crianças. O movimento é coordenado pelo Ministério da Saúde, com apoio da Organização Pan-americana da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS) no Brasil e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) além de entidades da iniciativa privada.
A representante da Opas/OMS no Brasil, Maria Dolores Pérez, afirma que o esforço não se restringe à nação e ao Estado brasileiro. “A Opas/OMS apoia a iniciativa do Ministério da Saúde no Brasil e consideramos que isso é uma prioridade não apenas aqui. Todos os países americanos estão fazendo esforços para continuar eliminando o surto de sarampo na região”, afirma.
A queda na cobertura das vacinas contra sarampo e poliomielite em algumas regiões do Brasil é motivo de preocupação, segundo o Chefe de Comunicação e Parcerias da Unicef, Michael Klaus. “O País teve muito sucesso nas décadas passadas e agora precisamos de um esforço enorme — vacinar 95% do público-alvo — para resgatar essas conquistas. Vamos apoiar esse trabalho nos municípios, onde as vacinações ocorrem e que têm um papel muito importante”, garantiu.
O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, lista alguns fatores que podem explicar a queda na cobertura vacinal: desconhecimento sobre a importância e benefícios da vacina; horário de funcionamento dos postos de vacinação (incompatíveis com os horários de trabalho das famílias), e notícias falsas.
“Não há sinais de poliomielite no Brasil atualmente, mas registramos baixos índices de vacinação. Vamos completar quase 30 anos sem casos da doença, mas precisamos manter o ritmo de imunização, sobretudo das crianças”, afirma Occhi.
O ministro destaca também que os pais devem vacinar, inclusive, crianças que já receberam alguma dose da imunização. Parte do orçamento do Ministério da Saúde destinado à campanha (R$ 160 milhões) será aplicado nas doses de reforço. “Quem tomou uma ou mais doses da vacina contra poliomielite, vai receber a vacina oral contra a doença. Quanto ao sarampo, todas as crianças receberão uma dose da tríplice viral, independentemente da situação vacinal”, explica. Todos os estados já receberam estoques das vacinas.
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