Nos últimos 25 anos a Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) já resgatou 53.607 trabalhadores brasileiros em condições análogas a de escravos. No mesmo período em Pernambuco foram 776 resgates. Dos municípios com mais altos de infração lavrados por conta do trabalho escravo, o destaque vai para Palmares na Zona da Mata Sul, Lajedos no Agreste e Recife.
De acordo com o vice coordenador da coordenadoria nacional de erradicação do trabalho escravo do MPT, Ulisses Dias de Carvalho, o fato de não ter regastes recentes, não significa que o trabalho escravo não ocorra.
"A gente vem acompanhando situações bem limítrofes nas casas de farinhas, existe isso no Agreste e no Sertão do Estado. Em Araripe tem situações limítrofes, não houve resgastes, mas a situações problemáticas que a gente entende ser bem preocupantes e agricultura como um todo. Sempre acompanhamos essa situação da agricultura porque é um setor que naturalmente ocorre situações de trabalho degradante”, disse.
O trabalho escravo pode ser caracterizado por jornadas exaustivas, condições degradantes, trabalhos forçados e restrição de locomoção por conta de dívidas com o empregador. O código penal prevê a pena de prisão de dois a oito anos, além de multa correspondente a violência cometida.
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