Nos últimos anos, o Brasil tem conseguido reduzir os casos de gravidez na adolescência com a implementação de ações e campanhas de prevenção e educação sexual, além de avanços científicos e da evolução dos métodos contraceptivos. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2015, foram 546.529 nascidos vivos de mães com idade entre 10 e 19 anos, contra 661.290 em 2004, o que representa uma queda de 17%.
Apesar dos avanços, o número de adolescentes gestantes no País ainda supera índices internacionais. A taxa brasileira é de 68,4 mil nascimentos para cada mil adolescentes com idade entre 15 e 19 anos, superior aos índices mundiais (46 nascimentos para cada mil) e da América Latina e Caribe (65,5 nascimentos para cada mil). Os dados foram divulgados, em 2018, em levantamento feito pela Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).
Para aumentar a conscientização sobre essa questão, o governo federal instituiu, neste ano, a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, a ser realizada anualmente na semana do dia 1º de fevereiro. O objetivo da ação é disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas que contribuam para a redução da incidência da gravidez na adolescência – problema que pode trazer complicações para a vida da mãe, do pai e dos familiares, além do próprio bebê.
Confira abaixo as principais recomendações para evitar a gestação não planejada antes da vida adulta:
O Ministério da Saúde oferece uma série de métodos contraceptivos gratuitos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). São ofertados preservativos (masculino e feminino), pílula combinada, anticoncepcional injetável mensal e trimestral, dispositivo intrauterino com cobre (DIU Tcu), diafragma, anticoncepção de emergência e minipílula.
Para escolher qual método é o mais adequado, é recomendado procurar orientação de um profissional de saúde, já que as vantagens e os riscos de cada um podem variar de pessoa para pessoa. De qualquer forma, o uso da camisinha é sempre aconselhado, por ser um método que previne não apenas a gravidez, mas também oferece proteção contra as doenças sexualmente transmissíveis.
As ações voltadas à educação sexual são importantes medidas para combater a gravidez na adolescência. Uma das principais iniciativas implementadas no País é a distribuição de Cadernetas de Saúde de Adolescentes (CSA), com versões masculina e feminina. Disponível no site do Ministério da Saúde, o material traz dicas e orientações sobre variados temas ligados à adolescência, entre eles, a sexualidade.
Assuntos relacionados à sexualidade também fazem parte do programa Saúde na Escola, conjunto de ações voltadas à promoção, à prevenção e à atenção à saúde dos estudantes. A iniciativa tem como objetivo reduzir as vulnerabilidades que prejudicam o pleno desenvolvimento de crianças e jovens da rede pública de ensino, entre elas, a gravidez precoce.
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