Após o trágico acidente da Tamarineira que vitimou a sua mãe, irmão e babá, a menina Marcela Guimarães, de 6 anos, está voltando a sua rotina aos poucos. A menina, que passou por seis cirurgias, retornou à escola na segunda-feira (3), cerca de um ano e seis meses depois do ocorrido. A volta é progressiva e o objetivo principal é a readaptação de Marcelinha.
O pai Miguel Silveira encontra na recuperação de sua filha motivo para viver. "Enfrento tudo por ela e para ela. Marcela me transformou num Super-Homem", afirmou, em entrevista ao Jornal do Commercio. Segundo ele, o retorno de sua filha ao ambiente escolar está sendo apenas uma readaptação social. "Atividades condizentes com a capacidade motora e cognitiva dela. Participar de lanches e recreios duas horas por dia, na segunda quarta e sexta", informa. Segundo ele, a garota retornou a mesma sala que frequentava antes do acidente, para que conviva com os antigos colegas de turma e facilite essa readaptação.
O acidente ocorreu no dia 26 de novembro de 2017, no bairro da Tamarineira. João Ribeiro de Oliveira Leal estava alcoolizado e dirigia um Ford Fuzion em uma alta velocidade, avançou o sinal vermelho e colidiu na lateral do carro onde estavam Marcela e Miguel. A colisão ocorreu no cruzamento entre a Rua Cônego Barata e a Avenida Conselheiro Rosa e Silva. No carro, ainda estavam a mãe de Marcela, Maria Emília Guimarães, de 39 anos; o irmão, Miguel Neto, 3 anos; e a babá, Roseane Maria de Brito, 23 (grávida de três meses). Os três morreram após o choque.
João Ribeiro de Oliveira Leal, universitário que provocou o acidente em que acarretou a tragédia, permanece em prisão preventiva. No dia 27 de Julho de 2018, a 1ª Vara do Júri da Capital do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) decidiu que o caso irá a júri popular.
O universitário está preso desde de novembro de 2017, mês em que ocorreu o acidente. Ele é acusado de triplo homicídio doloso (com intenção de matar) duplamente qualificado e por dupla tentativa de homicídio. Em maio de 2019, a TJPE negou o recurso da defesa do acusado, que solicitava a revogação da prisão preventiva e que o caso não fosse para júri popular.
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