Covid-19: pausa em estudo de vacina segue prática comum, diz Unifesp

No Brasil, a pesquisa envolve 5 mil voluntários
Agência Brasil
Publicado em 09/09/2020 às 15:30
O HUB é um dos 12 centros no Brasil que participam da fase 3 do ensaio clínico nacional da vacina contra a covid-19 Foto: Robson Valverde/SES-SC


A pausa no experimento de uma vacina contra covid-19, desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Oxford, é "uma prática comum" e "segue os padrões de segurança", de acordo com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Conforme destacou a instituição brasileira, responsável pelos testes do imunizante, a interrupção na pesquisa ocorreu após se identificar a suspeita de efeito adverso em um voluntário do estudo, no Reino Unido. A decisão foi anunciada nessa terça-feira (8), pela farmacêutica AstraZeneca.

Em nota, a Unifesp destaca que o estudo clínico da fase 3 foi temporariamente pausado em todos os centros que participam da etapa. A medida inclui o Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais, da universidade, que coordena a pesquisa no Brasil. Para que a etapa prossiga, é necessário descobrir se a reação do paciente foi ou não provocada pela vacina.

"No Brasil, o estudo envolve 5 mil voluntários e avança como o esperado. Muitos já receberam a segunda dose e até o momento não houve registro de intercorrências graves de saúde. É importante destacar que a pausa vale para novas aplicações da vacina. O estudo continua, segue avançando, com os voluntários que já participam sendo constantemente monitorados", acrescenta a Unifesp, no comunicado.

Também em nota, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que foi incumbida de produzir a vacina no país, ressalta que já foi informada, pela Astrazeneca, da suspensão dos testes. A organização acrescenta que irá se pronunciar somente após a divulgação dos resultados relativos aos efeitos adversos apresentados pelo voluntário.

O que é coronavírus?

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

Como prevenir o coronavírus?

O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização.
  • Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes.
  • Ficar em casa quando estiver doente.
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.
  • Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
  • Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.

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