Marcada para a próxima semana, a possibilidade de uma nova greve dos caminhoneiros se torna cada vez mais real. Agora, a paralisação recebeu apoio de uma importante entidade da classe.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL) afirmou apoiar o movimento, que vem sendo convocado por grupos menores que estão insatisfeitos com o governo Bolsonaro.
Com cerca de 800 mil motoristas associados, a CNTTL orientou todos a aderirem à greve. A previsão é que a paralisação da categoria tenha início na próxima segunda-feira, dia 1º de fevereiro.
Porta-voz da CNTTL, Carlos Alberto Litti Dahmer acredita que o reajuste da Tabela do Piso Mínimo de Frete realizada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) é lamentável.
"Hoje temos um piso mínimo da fome. Vamos dar um basta nisso. Vamos cruzar os braços no dia 1º", completou Dahmer, que também é Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga (Sinditac) de Ijuí-RS e vice-presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB).
"Tivemos um reajuste de 2,51% que é ínfimo. Só para se ter ideia, o preço do pneu teve aumento nos últimos três meses de mais de 60%, seja nacional ou importado", declarou o sindicalista.
Sobre a possibilidade de paralisação, o Ministério da Infraestrutura disse não aceitar entidades que falem sobre indicativo de greve. A nota foi enviada à CNN Brasil.
"Nenhuma associação isolada pode reivindicar para si falar em nome do transportador rodoviário de cargas autônomo e incorrer neste tipo de conclusão compromete qualquer divulgação fidedigna dos fatos referentes à categoria”, declarou a pasta.
Em maio de 2018, caminhoneiros de todo o país cruzaram os braços durante 11 dias em uma greve histórica. Apoiados pelos patrões, os trabalhadores estacionaram caminhões nas estradas do país, gerando impactos em vários setores da economia.
A paralisação só encerrou quando o então presidente Michel Temer cedeu aos pedidos dos motoristas e criou uma tabela de frete mínimo. No entanto, o setor produtivo é contra a tabela e o assunto foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF).
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