A Receita Federal, em parceria com as equipes de fiscalização no Porto de Santos, detectou um esquema fraudulento no Porto de Suape, no Cabo de Santo Agostinho, que, possivelmente, comercializava itens como armamentos, acessórios e e eletrodomésticos, nesta semana.
O órgão estima que o valor total das mercadorias encontradas em cada contêiner foi de, no mínimo, R$ 500 mil reais.
Os agentes encontraram:
O detalhe é que foram encontrados nomes de pessoas escritas nas mercadorias, o que pode significar que tratam-se de mercadorias previamente encomendadas e portanto, com destinação comercial.
Outro detalhe, é que os donos das bagagens desacompanhadas recebiam auxílio emergencial do Governo, mesmo morando nos Estados Unidos, o que despertou a suspeita das equipes.
Os contêineres enviados como bagagens desacompanhadas (bagagens trazidas ao país ou enviadas ao exterior na condição de carga, amparada por conhecimento de transporte ou documento de efeito equivalente), por esses supostos viajantes, foram escaneados.
Nas imagens, as equipes notaram uma grande quantidade de itens da mesma mercadoria, ainda nas embalagens.
Com isso, eles perceberam que não se tratava de uma bagagem desacompanhada. Por isso, as equipes resolveram abrir os contêineres onde foram constatadas as irregularidades.
O esquema funciona assim: os consumidores compravam os itens por e-commerce, lojas de grife ou fornecedor atacadista. O comprador recebia, antes da compra, um endereço.
Ele o informa como local de entrega à loja. Este endereço fica nos Estados Unidos e é onde acontece a logística do esquema.
Dos EUA, as encomendas são despachadas como bagagem desacompanhada, no nome de supostos viajantes, que funcionavam como 'laranjas'.
Os produtos são enviados ao Brasil por meio de contêineres em navios.
Na chegada ao porto, a carga era submetida à fiscalização como bagagem desacompanhada, driblando o pagamento de impostos e controle administrativo de órgãos competentes.
Por último, a carga era destinada a um local onde a descarga era permitida, e um membro do esquema enviava os itens aos verdadeiros endereços dos compradores.
Segundo a Receita Federal, o esquema fraudulento acaba possibilitando o recebimento de armas e munições sem registro.
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