O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pediu que os brasileiros se imunizem com a segunda dose das vacinas, como forma de proteção efetiva, inclusive contra o avanço da variante delta da covid-19.
Queiroga participou, nessa terça-feira (3), do balanço da ação de vacinação em massa contra a doença, no Complexo da Maré, zona norte do Rio de Janeiro.
“Sistemas de saúde mais consolidados do que o nosso, a exemplo do inglês, não conseguiram conter a propagação comunitária da variante delta. Os Estados Unidos também enfrentam o problema. Nós estamos assistindo, e isso acontece sobretudo com aqueles que não estão vacinados. As nossas vacinas funcionam contra essa variante. Aproveito para lembrar às pessoas que ainda não tomaram a segunda dose que voltem às unidades básicas de saúde. Para ter a proteção, é necessário [tomar] as duas doses”, disse Queiroga.
A variante Delta do coronavírus, originária na Índia, já chegou ao Brasil e a Pernambuco.
Um estudo realizado por pesquisadores ligados à Organização Mundial de Saúde (OMS) e ao Imperial College apontou que a variante Delta é 97% mais transmissível que a cepa original do coronavírus, que teve origem na China.
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Para explicar como ela se comporta e os cuidados que a população deve ter parar evitar o contágio, o telejornal Meio-Dia entrevistou o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Marcelo Paiva.
De acordo com ele, o alto poder de transmissão da variante Delta se deve às características genéticas da cepa.
"Ela (a variante Delta) tem uma característica genética diferente das outras, o que faz com que ela consiga se ligar mais rapidamente às células e, consequentemente, ter uma maior transmissão", explicou Marcelo Paiva.
A variante Delta tem atingido mais a população que não foi imunizada ou não completou totalmente o ciclo de vacinação (com as duas doses).
O que revela, de acordo com o pesquisador da Fiocruz, Marcelo Paiva, a importância da vacinação.
"Nos países em que a vacinação avançou, as pessoas infectadas (pela variante Delta) são as que não foram imunizadas", pontuou Marcelo Paiva.
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