Os médicos psiquiatras responsáveis pelo tratamento da mulher que foi flagrada pelo marido tendo relações sexuais com um mendigo dentro de um carro, em Planaltina, Distrito Federal, no dia 9 de março, afirmam que a paciente sofre de “transtorno afetivo bipolar em fase maníaca psicótica”.
O quadro clínico foi especificado, de acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID), como código F31.2 CID-10.
Confira detalhes do laudo médico
Veja o momento do flagrante
Laudo médico
O site Metrópole teve acesso ao laudo médico assinado em 15 de março por um psiquiatra do Hospital Universitário de Brasília (HUB) que ponta na mulher "alucinações auditivas, delírios grandiosos e de temática religiosa, hipertimia, falso reconhecimento, comportamentos desorganizados e por vezes inadequados”.
Dentre as características do diagnóstico, o laudo cita “Gastos excessivos, doação de seus pertences, resistência em se vestir e hiperreligiosidade”.
Justiça solicita laudo
Na última quinta-feira (24), a juíza da Vara Cível de Planaltina, onde ocorreu o caso, em Goiás, pediu que sejam apresentados documentos que mostrem o real estado de saúde da mulher.
O relatório serve para justificar a nomeação de outra pessoa para representar a mulher no processo judicial que corre sobre o fato.
Assim, o psiquiatra afirma que a mulher “não é capaz de responder por si, tampouco de exercer vários atos da vida civil; em especial o de assinar documentos e procurações, assim como de celebrar contratos ou contratar serviços de qualquer natureza”.
Entenda o caso
Segundo a polícia, o personal saiu para procurar a esposa que teria saído para ajudar uma pessoa em situação de rua com a sogra. Depois de um tempo, as duas se separaram.
O homem então saiu para procurar a mulher. Quando chegou ao Centro de Ensino Fundamental Paroquial, o homem avistou o carro que a esposa estava usando e se aproximou.
Foi então que ele flagrou sua companheira e o 'mendigo' fazendo sexo no banco da frente do veículo. Após ver a cena, ele agrediu o rapaz que estava com sua esposa.
Ao Portal G1, a mulher falou que foi abordada pelo sem-teto, que pedia dinheiro. Como ela não tinha, ele pediu para ver a bíblia que a moça havia ganhado do marido.
Logo depois, o sem-teto pediu um abraço e os dois entraram no carro e trocaram caricias. Após isso, os dois se encontraram em um local combinado e tiveram práticas sexuais.
Após o episódio, o personal saiu em defesa da esposa nas redes sociais. Em nota, ele disse que a mulher teria tido um surto psicótico e, por isso, a relação extraconjugal não foi consentida.
“Não se trata de uma traição, e, sim, crime de violência”, disse o marido.
A afirmação do homem se contradiz com a da sua esposa, que afirmou a polícia ter tido relações sexuais com o sem-teto por vontade própria.
Em áudios obtidos pela TV Globo, a esposa disse que viu as “imagens do marido e de Deus” no rosto do homem e por isso fez sexo. Ela também disse que não estava sob efeito de álcool.
Com a repercussão do caso, os perfis do casal foram excluídos das redes sociais.
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Entrevista com o mendigo
Na última quinta-feira (24) foi divulgada pela primeira vez uma entrevista exclusiva com o morador de rua que teria tido relações com a mulher. Na ocasião, ele deu sua versão do caso e afirmou que não formou a esposa do personal trainer a nada.
“Eu andava pela rua e ouvi um grito: ‘Moço, moço’. Olhei para trás e só tinha eu. E ela confirmou comigo dizendo: ‘Quer namorar comigo?’", disse.
“Moça, eu não tenho dinheiro, sou morador de rua. Não tenho dinheiro nem para te levar ao hotel. Então, ela disse: ‘Pode ser no meu carro’”, continuou.
Apesar de ter sofrido agressões, que resultaram em um edema no olho e em uma costela quebrada, o morador de rua revelou não ter se arrependido do acontecido.
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