Saúde e alimentação

Consumo exagerado de 'junk food' pode desencadear demência, aponta estudo

Itens como hambúrgueres, pizzas, refrigerantes e diversos ultraprocessados, conhecidos como 'junk food', estão associados também a doenças cardiovasculares e obesidade

Humberto Cassimiro
Humberto Cassimiro
Publicado em 01/08/2022 às 21:25
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Alimentos com pouco valor nutricional mas ricos em calorias, gorduras, açúcar e sódio são chamados de 'junk food' - FOTO: Freepik

Rápidos, práticos, relativamente baratos e saborosos, itens como hambúrgueres, pizzas, refrigerantes, chocolate, salgadinhos e diversos outros ultraprocessados são parte do cotidiano de muitas pessoas ao redor do mundo.

Classificados como junk food, ou seja, alimentos com baixo valor nutricional mas ricos em calorias, gorduras, açúcares e sódio, esses itens são alguns dos vilões da saúde humana.

No entanto, além dos conhecidos impactos desse tipo de alimento no risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e de propensão à obesidade, junk food pode, também, desencadear demência.

Um estudo conduzido pela Universidade Médica de Tianjin, na China, mostrou que das pessoas que consomem junk food com certa frequência são 43% mais propensas a apresentar perda de memória do que aquelas com dietas mais balanceadas.

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Alimentos ultraprocessados e 'junk food' de modo geral já são associados ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares - Freepik

Para chegar a essa conclusão, foram analisadas cerca de 70 mil pessoas de meia idade durante um período de dez anos. Diferentes fatores de risco foram levados em consideração para cada participante a fim de chegar a um resultado mais preciso.

Um outro resultado apontado pela pesquisa foi de que, a cada 10% de aumento no consumo desse tipo de alimento de baixo valor nutricional, o risco de desenvolver demência subia em até 25%.

Os indivíduos que consumiam uma quantidade considerada exagerada de junk food ingeriam aproximadamente 810 g todos os dias. Os demais consumiam 225 g em média.

Principal autora do estudo publicado na revista Neurology, Huiping Li definiu como encorajador saber que mudanças pequenas na rotina podem ser significativas no risco de desenvolvimento do quadro.

Isso porque, em entrevista ao jornal Daily Mail, ela ressaltou que a pesquisa não descobriu apenas que os alimentos ultraprocessados estão relacionados a um risco maior para desenvolvimento da demência, "mas que substituí-los por opções saudáveis pode diminuir o risco de ter a doença".

Embora não existam evidências que liguem diretamente os alimentos gordurosos à demência, outros estudos já confirmaram os efeitos prejudiciais dos aditivos presentes nos ultraprocessados para a memória e cognição.

* Com informações do Metrópoles

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