Moradores de Natal e de outras dezenas de cidades do Rio Grande do Norte estão apavorados com ataques coordenados por uma facção criminosa desde a madrugada de terça-feira, dia 14 de março.
Os bandidos do "Sindicato do Crime" já atiraram e colocaram fogo em prédios públicos e ônibus coletivos em pelo menos 19 cidades. Aulas foram canceladas nas redes pública e privada.
Mas, o que de fato está acontecendo no Rio Grande do Norte? O que querem os bandidos? E como as forças governamentais estão reagindo? Veja um resumo:
O Sindicato do Crime foi fundado há 10 anos por dissidentes do PCC (Primeiro Comando da Capital), uma das maiores facções criminosas do país, com base em São Paulo e que tem grande penetração nos presídios brasileiros.
Os fundados do Sindicato do Crime não aceitavam ter de atender ordens e mandar recursos para os bandidos de São Paulo.
De acordo com a PM, as lideranças do Sindicato do Crime permanecem presas ainda em 2023 e as ordens de ataques são dadas de dentro da cadeia por meio de mensagens trocadas no WhatsApp.
Desde a divisão em 2012, o Sindicato do Crime e o PCC disputam a liderança na guerra do tráfico de drogas no Rio Grande do Norte.
"O PCC é mais organizado, mas o Sindicato tem mais integrantes. E eles são mais violentos, estão envolvidos com os crimes de varejo. Diria que o PCC opera no atacado [das drogas]", explicou Eliabe Marques Da Silva, subtenente da PM, em entrevista ao UOL.
Os membros do Sindicado do Crime são bastante violentos e conhecidos por usarem táticas terroristas para expulsar inimigos de seus territórios de atuação.
Essa não é a primeira vez que cidades do Rio Grande do Norte enfrentam a fúria dessa organização criminosa, ligada ao tráfico de drogas e responsáveis por outros crimes como homicídios.
Em 2017, por exemplo, uma grande rebelião no presídio de Alcaçuz acabou na morte de 26 membros do Sindicato, assassinatos por membros do PCC.
Na manhã desta quarta-feira (15), o secretário de Segurança Pública, Francisco Araújo, disse que a ordem dos ataques foi dada por bandidos presos que querem regalias como visitas íntimas.
"Pelas reivindicações, eles querem televisão, querem sistema de iluminação, visita íntima, coisa que o sistema prisional não está atendendo porque está cumprindo a lei de execução penal", disse o secretário, segundo o G1 do RN.
Ainda de acordo com a reportagem, uma liderança foi transferida para um presídio federal. Outros criminosos presos devem ser removidos para outros presídios.
Anteriormente, especulava-se que as restrições nos presídios do RN e a intensificação das ações contra a criminalidade no Estado estivessem relacionadas a onda de terror.
"Acreditamos que ações policiais anteriores, há uns 15 dias - quando houve um enfrentamento a infratores e alguns vieram a óbito, e foi apreendida grande quantidade de drogas e armas - inquietaram a delinquência e os levaram a enfrentar as forças de segurança", chegou a afirmar o secretário Francisco Canindé de Araújo Silva ao UOL.
Mais de vinte suspeitos de envolvimento nos ataques já foram presos pela polícia do Rio Grande do Norte desde a terça-feira (14). Um homem morreu em confronto contra os policiais.
O Governo Federal mandou a Força Nacional para o Rio Grande do Norte. Os agentes chegaram a Natal na madrugada desta quarta-feira (15), após pedido da governadora, Fátima Bezerra.
"Destinamos 220 policiais para auxiliar as forças estaduais. E podemos ampliar até quantitativo que se configurar necessário”, explicou o ministro da Justiça, Flávio Dino.
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