Durante investigações da Polícia Civil na Operação ‘Arapuca’, deflagrada na última quarta-feira (27), foi descoberto que uma quadrilha, voltada para a prática de roubo qualificado e associação criminosa na Região Metropolitana do Recife (RMR), era coordenada por três detentos do presídio de Limoeiro, Agreste de Pernambuco.
Os criminosos contratavam o serviço de escavação para fazer uma piscina em algum terreno e, quando o empresário ia para o local com uma retroescavadeira, os membros da quadrilha o rendiam e roubavam a máquina agrícola. "O comparsa chegou assim que ele ligou e foi embora que a máquina e ele ficou lá me segurando parar dar tempo deles irem embora", contou uma das vítimas da quadrilha.
Ele teve uma retroescavadeira, que custa em torno de R$190 mil, roubada pela quadrilha. "A gente trabalha com tanto esforço para conseguir juntar um dinheiro e comprar um equipamento e chega um cara, assim do nada, e toma a força da gente.", desabafou. o equipamento do empresário ainda não foi localizado.
Segundo o delegado Mauro Cabral, da Delegacia Seccional da Várzea e titular da investigação, os veículos roubados, que normalmente custam entre 200 a 300 mil reais, eram vendidos por 30 a 40 mil reais.
Na operação, deflagrada na manhã dessa quarta-feira (27), foram expedidos nove mandados de prisão e cinco mandados de busca e apreensão domiciliar nas cidades de São Lourenço da Mata e Abreu e Lima, no Grande Recife, em Limoeiro, no Agreste pernambucano, e nos bairros de Coqueiral e Beberibe, zonas sul e norte do Recife. Essa foi a 26ª ação de repressão qualificada de 2018.
A quadrilha criminosa começou a ser investigada em novembro de 2017 após o primeiro roubo à uma retroescavadeira. Até esta semana, seis casos de roubo à máquinas agrícolas foram registrados no Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri).
Emerson Roberto Sales de Souza, de 23 anos, Washington José da Hora, de 44 anos, e Eduardo Guedes da Silva Junior, de 43, comandavam o esquema criminoso por meio de aparelhos celulares e contatos com familiares. Segundo Renato Pinto, chefe de gabinete da Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), o órgão auxiliou a Polícia Civil nas investigações, ajudando a identificar os suspeitos e apreendendo cinco celulares com os detentos.
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