Medo, constrangimento e repúdio. Foram esses alguns dos sentimentos relatados por adolescentes de uma Escola Estadual localizada no bairro da Iputinga, na Zona Oeste do Recife.
Pelo menos seis dos adolescentes estiveram acompanhados dos responsáveis, na última quarta-feira (27), para prestar depoimento na Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente, no bairro da Madalena.
Os alunos com idades entre 12 e 14 anos, denunciaram um vigilante do colégio, por uma série de assédios sexuais que, segundo eles, aconteciam com regularidade.
Uma menina de 13 anos, que não terá identidade revelada, relembra um caso que teria acontecido com ela.
"Ele soltava piadinhas para mim e minhas amigas, mas a gente não ligava, a gente pensava que era brincadeira. Um dia eu estava sentada com uma menina, ele chegou perto de mim, começou a conversar e alisou meu peito", relatou a aluna.
Segundo a garota, em conversa com as amigas, elas identificaram que muitas delas já haviam sido assediadas pelo mesmo homem.
Em um consenso, elas teriam decidido levar os casos à diretora da escola, que teria negligenciado a situação.
"Ela pediu para abafar o caso, que não achou isso nada demais e que não precisava chamar a polícia", contou.
Uma outra menina, também de 13 anos, contou que o homem já a teria assediado com palavras de baixo calão, e chegou a convidá-la para ir até a casa dele.
"Eu estava indo ao banheiro, ele me olhou da cabeça aos pés, disse que eu era 'gostosa' e me chamou para ir para a casa dele", relata.
O pai de uma das menores falou sobre a revolta ao descobrir o caso. "Esse rapaz não era para entrar nem no colégio. Isso é um absurdo. Esse rapaz não era para estar nem dentro da sociedade", disse.
Já o avô de uma das alunas criticou a postura da diretora. "Os próprios alunos tiveram que denunciar. Quem iria pagar se, Deus o livre, uma das meninas fosse estuprada?', questiona.
De acordo com informações da polícia, o suspeito de assediar as crianças e adolescentes tem passagem pela polícia por injúria e está pagando uma transação penal.
Ele foi ouvido na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente e seguirá para uma audiência de custódia.
A diretora da escola não aceitou gravar entrevista.
Por meio de nota, a Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco afirmou que, somente na última quarta-feira (27), a gestão da escola foi informada do caso.
O homem, que está em liberdade assistida, presta serviço no local por meio de um programa da vara de execução de penas alternativas do Tribunal de Justiça de Pernambuco.
A nota diz que a escola está prestando todo o apoio possível aos estudantes e está à disposição da Polícia Civil para contribuir com as investigações.
O funcionário já foi afastado do serviço e está proibido de entrar na unidade de ensino.
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