A polícia está trabalhando com duas linhas de investigação sobre o caso do policial militar da Rádio Patrulha que foi encontrado morto com um tiro na testa, na última segunda-feira (2), em Boa Viagem, Zona Sul do Recife.
De acordo com a polícia, o PM teria cometido suicídio ou tentaram simular a morte dele.
O carro onde o policial foi encontrado morto passou por perícia, na tarde dessa terça-feira (3), e o delegado responsável pelas investigações aguarda os resultados dos exames e o laudo do Instituto de Criminalística.
A causa da morte só será divulgada após a conclusão dos exames periciais e do laudo.
Os parentes estão abalados com a morte do soldado. A mãe dele precisou ser amparada, durante o velório, que aconteceu no Cemitério São Sebastião, em Vitória de Santo Antão.
Companheiros de farda colocaram uma bandeira da polícia no caixão e rezaram a oração do radiopatrulheiro.
Em entrevista ao repórter Leonardo Baltar, uma das tias de Igor Bernardo Santos Gomes deu fortes declarações sobre a morte do policial militar da Rádio Patrulha.
De acordo com Mageone Santos, ela tem vídeos que mostram o sobrinho saindo da casa da namorada dopado.
''Não estou culpando ela (a namorada). Jamais. Mas ela fez tanta questão de vir (para o enterro) e ela não chegou em momento nenhum. Tem muita gente revoltada, achando que ela tem a ver com isso (a morte).
Mas a gente não tem prova e entrega (a investigação) à polícia. Eu tenho essas imagens no meu celular. Ele saiu de lá (casa da namorada) dopado.
No dia em que ele saiu dopado da casa namorada, foi o dia em que ele morreu'', afirmou.
O enterro do policial militar da Rádio Patrulha aconteceu nessa terça-feira (3) no cemitério São Sebastião, em Vitória de Santo Antão, e foi acompanhado por familiares e colegas de trabalho de Igor Bernardo Santos Gomes, de 24 anos, sob forte emoção.
O cortejo saiu do IML, com escolta das viaturas da Rádio Patrulha, e companheiros de farda colocaram uma bandeira da polícia no caixão.
A namorada de Igor não foi ao enterro. O advogado dela, Carlos Dantas, falou sobre a dificuldade do estado emocional da cliente.
Os depoimentos para investigar a morte do policial militar da Rádio Patrulha já começaram.
As primeiras testemunhas foram ouvidas no Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), pelo delegado Francisco Júnior, responsável pela investigação do caso.
Em entrevista à TV Jornal, o advogado de Clara, namorada de Igor Bernardo, afirmou que acredita que o PM foi morto no dia do desaparecimento.
A expectativa agora é para os depoimentos da mãe e do padrasto do PM.
O policial militar da Rádio Patrulha estava desaparecido, desde o dia 24 de outubro.
De acordo com a namorada de Igor, ele saiu de casa, por volta das 11h, dizendo que iria encontrar um corretor de imóveis, e teria enviado uma mensagem para a namorada dizendo que a amava.
Depois disso, a família não teve mais notícias dele. O corpo foi achado dentro do carro da própria vítima, por moradores da região de Boa Viagem, por conta do forte odor vindo do veículo.
De acordo com a Polícia Civil de Pernambuco, Igor Bernardo estava com o banco reclinado e, segundo os peritos do Instituto de Criminalística (IC), apresentava uma perfuração de bala na testa.
Ainda segundo os peritos, o corpo já devia estar lá há vários dias, pelo avançado estado de decomposição. No veículo, a polícia encontrou pertences de Igor.
Ao lado do corpo, foi encontrada uma pistola ponto 40, utilizada em serviço, com uma munição deflagrada.
As imagens de câmeras de segurança dos edifícios próximos de onde o carro estava estacionado serão solicitadas pela Polícia Civil.
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