Quem depende do transporte coletivo da Região Metropolitana do Recife sabe o quanto é difícil ter que enfrentar ônibus e metrô lotados, além de congestionamentos no trânsito. Anunciado para a Copa do Mundo de 2014, um projeto previa dar navegabilidade ao Rio Capibaribe, garantindo uma nova alternativa de deslocamento para os recifenses. O problema é que tudo está completamente abandonado.
Ao todo, há quase 10 anos o Rio Capibaribe virou tema de um projeto. O "Rios da Gente", previa a implantação de duas rotas fluviais. O corredor oeste teria 11 km com início na estação central do metrô até a BR-101, na Iputinga, com estações no Derby, Torre e Santana.
Já o corredor norte teria 2,9 km com estação na Rua do Sol e outra próxima a Escola de Aprendizes de Marinheiros, em Olinda. Em cada estação, seriam construídas três plataformas de embarque e desembarque, além de lojas, bicicletário e estacionamento. As 13 embarcações do sistema seriam climatizadas com capacidade para 86 passageiros e integradas ao ônibus e metrô com pagamento de uma única passagem.
A obra foi orçada em R$ 289 milhões com recursos do governo estadual e federal. A ordem de serviço foi dada em 2013. A dragagem do rio começou mas não foi concluída. De lá pra cá, várias promessas foram feitas e nada saiu do papel.
No ano passado, menos de 2% do projeto tinha sido executado. A demora para a entrega fez com que o Tribunal de Contas da União (TCU) abrisse um processo para apurar possíveis danos a administração pública federal. Em Pernambuco, o Tribunal de Contas do Estado também apura indícios de irregularidades. Entre elas, o pagamento antecipado para que uma empresa fiscalizasse o serviço que não estava em andamento.
Em outubro do ano passado, o Governo do Estado disse que adaptava o projeto para o momento atual e que a retomada da dragagem estava em processo de licitação. O presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco, Rafael Amaral, acredita que a navegabilidade do Rio Capibaribe é possível desde que esteja alinhada com o meio ambiente.
Quem mora nos bairros cortados pelo rio acredita nos benefícios do projeto, mas reclama da demora para a entrega e questiona o destino dos recursos públicos.
O Governo do Estado disse, em nota, que vem realizando esforços ao longo dos últimos anos para dar andamento ao projeto, mas que encontrou dificuldades como a crise financeira em 2014 e a pandemia do novo coronavírus. A expectativa do governo do estado é iniciar as obras da primeira etapa do projeto no último trimestre deste ano. O que inclui a dragagem do volume remanescente do rio, a sinalização náutica da primeira fase e a conclusão do projeto de requalificação das duas primeiras estações fluviais de passageiros no Derby e no bairro de Santana. A estimativa de conclusão é para o final do ano que vem.
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