Você sabe quanto custa um vereador para os cofres públicos? Um levantamento mostra que a Câmara de Vereadores do Recife está entre as que mais geram despesas, no país. Cada um dos 39 parlamentares custa, por mês, cerca de R$ 85 mil. Anualmente, esse valor ultrapassa R$ 1 milhão.
Para se ter ideia, só em 2018, a câmara teve um gasto de R$146,6 milhões, quantia que deixa o órgão do Recife na 6ª posição entre os que mais gastaram dinheiro, em todo o Brasil. Esse dinheiro sai do bolso dos trabalhadores e cidadãos que fazem a cidade. "Poderia usar metade desse dinheiro para investir nos bairros mais pobres e em educação", sugeriu um morador do Recife, que não quis se identificar.
Para discutir uma forma de diminuir esses valores, a campanha Recife Sem Mordomias, elaborada por uma Organização Não Governamental (ONG), será lançada, na noite desta quinta-feira (17). O movimento pretende acabar com todos os auxílios da câmara municipal e reduzir outros gastos.
O lançamento acontece a partir das 19h, no Auditório G-4 da Universidade Católica de Pernambuco, no bairro da Boa Vista, área central do Recife. Todas as informações estão reunidas no site www.recifesemmordomias.com.br.
Para 2019, o previsto é que os gastos com a Câmara do Recife girem em torno dos R$155 milhões. Esse valor é superior ao orçamento de várias secretarias municipais que são fundamentais para a cidade, como o da Secretaria de Assistência Social (R$104,5 milhões) e da Secretaria de Cultura (R$85,4 milhões), além de ser quase três vezes maior que o da Secretaria de Habitação (R$56,5 milhões).
Caracterizada por um projeto de lei de iniciativa popular, a campanha busca cativar o público a conhecer como estão sendo usados os recursos da cidade. "Cansamos de ouvir que não há dinheiro. Dessa maneira, queremos provocar essa discussão, pois acreditamos que o coração da política está aí. É no orçamento público que enxergamos as prioridades de uma gestão, de um governo", afirmou o coordenador da ONG Seja a Mudança, Igor Sasha.
A Ordem dos Advogados de Pernambuco (OAB-PE) apoia a ideia. "Nós acreditamos que é um valor realmente alto e, pior ainda, não há uma prestação de contas desses valores. Verbas que deveriam ser indenizatórias terminam sendo remuneratórias. É importante que haja uma demonstração desses valores e que estes fiquem em patamares mais razoáveis.", disse Bruno Batista, presidente da OAB-PE.
Em nota, a Câmara de Vereadores do Recife afirmou que, no ano de 2016, os parlamentares reduziram em 3% os salários. Disse ainda que os benefícios dos vereadores estão congelados, desde 2009. Por fim, a Câmara pontuou que os quadros funcionais de todos os gabinetes foram reduzidos.
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