Em 2017, 61,2 mil casos de câncer de próstata devem ser diagnosticados no Brasil. Esse tipo de câncer é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Os dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) servem de alerta e reforçam a importância da população conhecer e discutir o assunto.
Para conscientizar os homens, a campanha Novembro Azul chama a atenção sobre a doença. Confira as principais perguntas sobre a doença e saiba como se prevenir.
Câncer de próstata é uma doença na qual ocorre o desenvolvimento de um tumor na próstata, uma glândula do sistema reprodutor masculino. Segundo o Inca, na maioria dos casos, ele cresce de forma lenta e não chega a dar sinais durante a vida nem a ameaçar a saúde do homem. Em outros casos, pode crescer rapidamente, espalhar-se para outros órgãos e causar a morte.
Por ser uma doença multifatorial, a ciência ainda não conhece todos os fatores que levam à doença. No entanto, o risco aumenta com o avançar da idade. No Brasil, a cada dez homens diagnosticados com câncer de próstata, nove têm mais de 55 anos. Estudos recentes também mostram maior risco em homens com peso elevado e com histórico da doença na família.
Adotar práticas saudáveis como não fumar, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e ter uma alimentação saudável ajudam a prevenir o câncer de próstata.
Na fase inicial, o câncer de próstata pode não apresentar sintomas. Quando apresenta, os mais comuns são: dificuldade de urinar, sangue na urina, necessidade de urinar mais vezes. Havendo alguns desses sintomas, recomenda-se a realização de exames.
Há dois exames: o de toque retal, no qual o médico avalia tamanho, forma e textura da próstata, introduzindo o dedo protegido por uma luva lubrificada no reto. Esse exame permite palpar as partes posterior e lateral da próstata. O outro é um exame de sangue que mede a quantidade de uma proteína produzida pela próstata – Antígeno Prostático Específico (PSA). Níveis altos dessa proteína podem significar câncer, mas também doenças benignas da próstata.
Alguns especialistas são contra, já outros são a favor de se fazer exames de rotina em homens sem sintomas, pois pode trazer tanto benefícios quanto riscos à saúde. Os riscos desses exames estão relacionados às consequências dos seus resultados, e não à sua realização. “Os exames podem resultar no falso positivo, o que pode levar a um excesso de exames, como a biopsia, que pode ter complicações desnecessárias para o paciente”, explica Arn Migowski, médico epidemiologista do Inca. O Ministério da Saúde, assim como a Organização Mundial da Saúde, não recomenda que se realize o rastreamento do câncer de próstata.
Caso a doença seja comprovada, o médico pode indicar radioterapia, cirurgia ou até tratamento hormonal. Para doença metastática (quando o tumor original já se espalhou para outras partes do corpo), o tratamento escolhido é a terapia hormonal. A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada e definida após médico e paciente discutirem os riscos e benefícios de cada um.
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