Aluna de vestibular solidário da UFPE denuncia agressão transfóbica

TV Jornal / Com informações do JC Online
Publicado em 25/03/2018 às 13:25


-Reprodução/TV Jornal

Uma mulher trans, aluna do cursinho Vestibular Solidário da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), usou as redes sociais para denunciar agressões verbais e físicas que sofreu durante e após uma festa dentro da instituição, na noite dessa sexta-feira (23).

Dália Celeste Hortense da Costa, de 28 anos, conta em um texto publicado neste sábado (24) que participava de comemoração promovida pela Diretoria LGBT da UFPE, no Centro de Educação (CE), quando foi abordada de forma grosseira por um homem. "Ao parar próximo ao pólo onde se encontravam os DJs, fui abordada por um sujeito, homem cis, que interrogou se eu era mulher ou não. Olhando para mim e minhas amigas, afirmei ser mulher. O mesmo debochou", relata.

Após esse fato, Dália conta que chegou a denunciar a violência transfóbica que havia sofrido a alguns integrantes da diretoria LGBT. No entanto, quando estava voltando sozinha para casa, por volta das 22h, ainda dentro da UFPE, entre os prédios do CE e do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), foi agredida, dessa vez fisicamente, por duas pessoas. "Ao retornar para casa, a caminho da parada de ônibus, jogam uma pedra. Antes que eu parasse para ver a direção do ataque, sou abordada por dois homens que me batem no rosto ao ponto em que perco a visão. Em seguida, levo murros que não consigo contar a sequência, até que em uma tentativa certa consigo correr", narrou.

Comentários transfóbicos

Neste sábado (24), Dália Celeste foi acompanhada por Gi Carvalho na Central de Plantão, bairro de Campo Grande, Zona Norte do Recife, para registrar o Boletim de Ocorrência. Além da agressão física sofrida por Dália, também foram denunciados comentários considerados transfóbicos publicados na postagem da vítima, na qual ela relata o que sofreu. "Trazemos prints para a delegacia", disse.

Nesta segunda-feira (26), será realizado um ato de denúncia contra as agressões sofridas por Dália, a partir das 14h, no Centro de Educação da UFPE. O evento é organizado por movimentos sociais e pela Diretoria LGBT da universidade.

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