Um médico ginecologista e obstetra, que atua no interior da Bahia, está sendo investigado pela polícia por suposto assédio sexual a 24 pacientes, nove das quais já prestaram queixa contra ele na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam).
Os supostos crimes cometidos por Orcione Júnior vieram à tona por meio de um perfil criado no Instagram, na última sexta-feira (10). Depois de um primeiro relato, surgiram os demais, também alegando assédio pelo médico.
O profissional se manifestou por meio do advogado Paulo de Tarso, alegando inocência. “O médico é vítima de calúnia e difamação", acrescentou. Devido às denúncias, Orcione deixou de realizar atendimentos em sua clínica, no bairro Brasil, Zona Oeste da cidade e também nos hospitais onde trabalha.
As denúncias na Deam estão sendo feitas sob acompanhamento da Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), onde as vítimas fizeram seus relatos, na última segunda-feira (13), para a delegada Dercimária Cardoso Gonçalves, titular da delegacia.
Uma das pacientes que relatou comportamento inadequado do médico, havia sofrido um aborto espontâneo e procurou atendimento emergencial com Orcione Júnior. "Ele tirou as luvas e começou a massagear meus seios, o que não era mais natural numa situação de aborto, já não fazia mais parte do protocolo, começou a massagear, não era uma massagem de um médico, era um toque de homem. E aí desceu por minha barriga, enquanto ele alisava todo o meu corpo, inclusive minha vagina, sem luva. Ele me elogiava e dizia que eu não ficasse preocupada", relatou.
O advogado do médico disse que está ocorrendo um linchamento virtual contra Orcione Junior.
Paulo de Tarso disse também que havia identificado a pessoas que criou o perfil e fez o primeiro relato contra o médico. Segundo ele, a mulher responsável pela conta no Instagram, porém, afirmou que nunca foi atendida pelo médico e que apenas compartilhou a informação recebida sobre a denúncia.
O advogado defende que as queixas começaram com uma notícia falsa. "Isso começou com uma notícia falsa, mas as pessoas foram lá. Vai ver se realmente fez, se não fez, o que estou combatendo e estou indignado é que independente do resultado de um processo desse, o fato é que ele já foi condenado, já estão chamando ele até de estuprador".
"Se as pessoas tivessem ido à delegacia, houvesse um processo, depois da condenação fizessem a divulgação, aí poderia até ser. Mas não pode condenar um cara antes para depois apurar. A Justiça vai apurar, e o médico nega que tenha assediado as mulheres", declarou o advogado.
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