Olavo de Carvalho afirma que não "se mete" mais na política brasileira

O escritor Olavo de Carvalho, guru ideológico do governo de Jair Bolsonaro, informou que não vai mais se manifestar em relação à política brasileira. Para ele “se tornou uma coisa absolutamente insustentável”. Em entrevista a um site de direita, Olavo criticou militares que atuam no Planalto, como o ministro da Secretaria de Governo Santos Cruz e disse “Eles querem me tirar da parada? Tiraram”.

Carvalho disse ainda que “Podem ficar com o Brasil. O Brasil é seu.” “Eles querem me tirar da parada? Tiraram. Eu vou ficar quietinho agora, não me meto mais na política brasileira. O Brasil escolheu o seu caminho. Escolheu confiar em pessoas que não merecem a sua confiança e, agora, vai se danar. Evidentemente, vai virar um entreposto da China. É esse o sonho de todos eles. Cortar relações com os Estados Unidos e Israel e ficar do lado chinês. É isso que eles querem”, afirmou.

Classificando os generais envolvidos no governo como loucos, o escritor disse que não existe um “grupo olavista” e que não tem contato com essas pessoas. “Esses generais loucos como o Santos Cruz e esses jornalistas loucos inventaram o grupo olavista. E dizem que o grupo olavista está dentro do governo e tem poder. Ora, eu não tenho contato nenhum com essas pessoas.”

O guru falou também sobre as declarações a respeito do ex-comandante do Exército e assessor do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Eduardo Villas Bôas, negando que já havia o ofendido. “Ora, dizer que um homem doente paralisado na cadeira de rodas está doente paralisado na cadeira de rodas é ofendê-lo? Ora, que porcaria é essa?”. O escritor havia chamado o general de “doente preso a uma cadeira de rodas”.

Olavo de Carvalho alegou ainda que estão tapando a boca dele e que o Brasil será governado por Santos Cruz. Mais uma vez, Carvalho publicou uma sequência de postagens no Twitter, agora o alvo foi o ministro. Entre ofensas e críticas, o chamou de “merda”. No episódio anterior, o alvo das críticas do guru havia sido o vice-presidente general Hamilton Mourão.