O ex-candidato à presidência do Brasil, Ciro Gomes (PDT), afirmou em entrevista à Rádio Jornal Caruaru, nesta terça-feira (22), que o presidente Jair Bolsonaro está se vingando do Nordeste ao demorar tomar medidas em relação ao aparecimento das manchas de óleo nas praias do litoral pernambucano. De acordo com Gomes, o presidente Jair Bolsonaro jogou fora um plano para conter as manchas.
"Bolsonaro é vingativo. Ele não perdoa nós nordestinos porque perdeu na região. Só isso explica essa canalhice. Na costa brasileira passa muito petróleo, então no governo do Brasil já existia um plano de contingência, já havia uma condição de acompanhamento. Bolsonaro fechou essa condição, jogou esse plano na lata do lixo e não fez absolutamente nada sério. Viajou para fora do país sem ter feito sequer uma visita à região. Bolsonaro é um tragédia para o Brasil", destacou.
Ele ainda avaliou o atual governo e fez críticas ao presidente, afirmando que ele está agravando ainda mais a crise que o Brasil vinha enfrentando. "É um desastre completo sem precedentes. Os últimos dez anos foram os piores em matéria de crescimento econômico e geração de empregos".
Na manhã desta terça-feira (20), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (NOVO), fez vistorias em praias de Pernambuco que foram atingidas pelas manchas de óleo, que afetaram diversos pontos do litoral nordestino desde o começo de setembro.
O ministro chegou ao Estado por volta das 3h da madrugada desta terça e desde as primeiras horas da manhã vistoria praias do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR). O prefeito da cidade, Lula Cabral (PSB), e cerca de 90 militares da Marinha e Exército participam da ação ao lado do titular da pasta do Meio Ambiente.
Segundo Salles, o Governo Federal se esforça desde que apareceram as primeiras manchas no litoral nordestino para resolver o problema. "Todos esforços do governo vêm sendo colocados na prática desde o início, no começo de setembro", disse. "O que for necessário, em termos de recursos do Governo Federal para apoiar medidas contra o problema do óleo venezuelano, nós vamos fazer", completou.
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