Depois de chuva de meteoros e eclipse solar, o céu ainda guarda surpresas para 2020. Eventos astronômicos marcam o mês de dezembro, fechando, com chave de ouro, este ano.
É um mês movimentado, segundo o doutor em Física e professor do Instituto Federal de Santa Catarina, Marcelo Schappo. Um dos principais eventos é o alinhamento de Júpiter e Saturno, que não acontecia, há 800 anos.
O fenômeno já vem acontecendo, mas terá seu auge nesta segunda-feira (21), solstício de verão.
Nesta segunda-feira (21), acontece o auge do tão aguardado encontro de gigantes do nosso sistema solar. É a chamada grande conjunção de Júpiter e Saturno, também conhecida como a 'Estrela de Belém', pela aparência de que os dois planetas são, na verdade, uma grande estrela.
O alinhamento dos planetas Júpiter e Saturno com a Terra é considerado relativamente raro por que ocorre a cada 20 anos, mas, desta vez, é ainda mais. Isso, porque tamanha proximidade entre os planetas não era vista há séculos. O escalonamento deste alinhamento já pode ser observado.
''O que é mais interessante observar na grande conjunção é que ela pode ser acompanhada ao longo do mês. No horizonte oeste, após o pôr do Sol vai observar dois pontos que parecem duas estrelas, mas são Júpiter e Saturno. Noite após noite estarão mais próximos um do outro. O ápice deste encontro será no dia 21. E depois disso, poderão continuar a observar o distanciamento'', diz o professor.
O fenômeno astronômico, que não acontece desde a Idade Média, já está ocorrendo, desde a quinta (16). Até 25 de dezembro, a percepção será de que os dois planetas estarão separados por menos do que um diâmetro de lua cheia.
“Na noite de maior aproximação, em 21 de dezembro, eles se parecerão com um planeta duplo, separados por apenas um quinto do diâmetro da lua cheia”, explica o astrônomo da Rice University, Patrick Hartigan.
Embora as melhores condições de visualização sejam próximas ao Equador, o fenômeno poderá ser observado em qualquer lugar da Terra, se o clima permitir. Hartigan explica que a dupla planetária aparecerá baixo no céu ocidental, por cerca de uma hora, após o pôr do sol, todas as noites. “Para a maioria dos observadores do telescópio, cada planeta e várias de suas maiores luas estarão visíveis, no mesmo campo”, acrescentou.
Segundo o astrônomo, alinhamentos entre esses dois planetas são bastante raros. “No entanto, esta conjunção é excepcionalmente rara, por causa da maior proximidade entre eles. Você teria que voltar até um pouco antes do amanhecer de 4 de março de 1226 para observar um alinhamento mais próximo entre esses objetos visíveis no céu noturno”, complementou.
A próxima vez em que esse vento ocorrerá será no dia 15 de março de 2080. Após isso, só depois do ano 2400.
Você sabia que existe um dia específico do ano mais longo que os demais? Esta segunda-feira (21) será o dia do solstício de verão no Hemisfério Sul. O fenômeno é o momento em que um dos hemisférios está mais voltado para o sol. Dessa forma, ele fica mais iluminado e por mais tempo, fazendo esse dia alcançar o pico de duração em todo o ano.
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