O decreto que autoriza a antecipação do 13º salário para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já foi assinado. Apesar de os beneficiários já estarem na expectativa para receber os benefícios, a categoria ressalta que ainda enfrenta dificuldades.
Com a crise econômica e o desemprego, os aposentados acabam se tornando responsáveis pelo sustento de lares. O presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), João Inocentini, ressalta que a antecipação do 13º salário para aposentados já é um direito, mas seria importante que a categoria recebesse outros tipos de ajuda, inclusive o auxílio emergencial.
"O governo ajudou a sociedade brasileira, trabalhadores, desempregados, empresários, pequenos, grandes, médios, e só os aposentados o governo não fez gesto nenhum, o único gesto que ele está fazendo é antecipar o 13º, que é um direito dele. Então, nós continuamos lutando para também o auxílio emergencial ser dado aos aposentados, principalmente os de mais baixa renda, que estão passando mais dificuldade", afirma.
Uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostrou que 75% dos idosos, três em cada quatro, no Brasil, são responsáveis por, pelo menos, metade das despesas da casa, e cerca de apenas um em cada cinco ainda trabalha.
A pesquisa, divulgada em fevereiro, traçou o perfil de pessoas com 60 anos ou mais, no país e nos estados. O presidente do Sindnapi ressaltou essa realidade, em que os aposentados precisam sustentar a família e a aposentadoria, muitas vezes, não dá conta, especialmente em um momento de crise, como a pandemia de covid-19.
"A aposentadoria já é pequena para uma pessoa sobreviver, e fica ainda mais dura a vida dele, porque às vezes ele tem que cuidar de filho, neto, nora, genro, para não deixar passar fome", justifica.
A equipe econômica estima que a antecipação do 13º salário vai permitir que circule na economia mais de R$ 50 bilhões de reais. A medida não tem impacto no orçamento, porque é uma despesa já prevista pelo Ministério da Economia. A antecipação do abono anual vinha sendo prometida pelo ministro Paulo Guedes, desde janeiro.
O governo destacou que a grande maioria dos beneficiários são pessoas idosas, doentes ou inválidas e que, desse modo, fazem parte dos grupos mais vulneráveis ao novo coronavírus. Com a medida, estima-se que essa parcela da população tenha "maior segurança financeira" para enfrentar esse momento da pandemia.
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