Suzane Richthofen e os irmãos Cravinhos faturaram com os filmes 'A Menina que Matou os Pais' e 'O Menino que Matou Meus Pais'?

Lançamento na Amazon Prime dos filmes 'A Menina que Matou os Pais' e 'O Menino que Matou Meus Pais', sobre o caso Richthofen, vêm causando polêmica.
JC
Publicado em 29/09/2021 às 10:09
Daniel Cravinho (no centro da imagem) era namorado de Suzane von Richthofen e a ajudou no crime Foto: Daniel Cravinho (no centro da imagem) era namorado de Suzane von Richthofen e a ajudou no crime - Reprodução


Lançados na semana passada, na Amazon Prime, os filmes "A Menina Que Matou os Pais" e "O Menino Que Matou Meus Pais" abordam os eventos anteriores ao assassinato dos pais de Suzane von Richthofen — crime arquitetado por ela mesma, junto com o namorado, Daniel Cravinhos, e o cunhado, Cristian Cravinhos.

Suzane ou os irmãos Cravinhos tiveram alguma participação no filme?

O crime foi algo que chocou todo o Brasil, e por isso mesmo algumas polêmicas sobre as produções dos filmes acabaram surgindo. Dúvidas sobre as produções estão na boca do público. Uma das mais comentadas nas redes sociais era sobre o envolvimento de Suzane e os irmãos Cravinhos nas produções do longa, e se os três receberam dinheiro pelos títulos.

>>> LEIA MAIS: Veja perguntas e respostas sobre Suzane von Richthofen.

>> Entenda a diferença entre as condenações de Suzane von Richthofen e dos irmãos Cravinhos

Carla Diaz, atriz que interpreta Suzane nos longas, explicou em entrevista à Splash, do Uol, que não houve contato com a condenada. A produção nunca quis ter nenhum tipo de envolvimento com Suzane ou os irmãos Cravinhos e eles não têm ligação com as produções dos filmes.

Raphael Montes e Ilana Casoy, criminóloga que acompanhou as reconstituições do caso e esteve presente durante o julgamento, assinam os roteiros dos longas.

Eles vão ganhar dinheiro com os filmes?

Um dos roteiristas, Raphael Montes, em conversa com Splash, esclareceu que, por se tratar de um caso público, não é necessária a autorização ou envolvimento de ninguém que esteve no caso.

Procurado por Splash, Rodrigo Moraes, advogado e professor de Direito Civil e Propriedade Intelectual da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia, explicou que não é necessário autorização prévia para obras literárias e audiovisuais biográficas.

Segundo ele, não há premissa de pagamento de royalties ou qualquer pagamento a título de direito de imagem. Quem tem direito a royalties é o autor da obra audiovisual biográfica, não o personagem biografado.

>> Richthofen: Relembre outros casos que chocaram o Brasil

Já no caso dos direitos de imagem dos envolvidos, a lei não é tão assertiva, já que se faz necessário ponderar "a notoriedade do retratado e dos fatos abordados". Para Moraes, por se tratar de um caso notório, e amplamente divulgado pela mídia para o público, Suzane não tem direitos à própria imagem, pois é usada para retratar o crime, um fato histórico.

Caso a personagem biografada tivesse direito a exigir um preço pelo uso de 'sua imagem', numa obra audiovisual biográfica, poderia ser uma censura privada, que é vedada pela Constituição Federal de 1988. Sendo assim, nenhum dos envolvidos recebeu ou receberá qualquer tipo de compensação pelos filmes.

Suzane tentou barrar o lançamento dos filmes

Suzane von Richthofen, condenada pela morte dos pais, cumpre a pena em regime semiaberto. Ela tentou barrar o lançamento dos filmes e impedir a estreia, mas teve o pedido negado pela Justiça.

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