Com informações do UOL
A cidade de Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro, sofre com fortes chuvas desde o final da tarde da última terça-feira (15). Em seis horas choveu 260mm, número que era esperado para o mês inteiro. A cidade tornou-se um cenário de completo desespero e tristeza.
De acordo com o Governo do Rio de Janeiro e o Corpo de Bombeiros, o número de óbitos já chega a 58.
Além das mortes confirmadas, moradores relatam que familiares e conhecidos estão desaparecidos. A cada hora, os números só aumentam. Porém, o Corpo de Bombeiros ainda não consegue estimar um número exato de sumidos.
Devidos aos deslizamentos, inundações e alagamentos em todo município, a prefeitura decretou estado de calamidade pública.
A gravidade da crise climática em dois posts:
Hoje, em Petrópolis (RJ), choveu em apenas 6 horas mais do que o esperado para o mês inteiro.
(Segue) pic.twitter.com/BzcMTlDD91— André Trigueiro (@andretrig) February 15, 2022
Um dia após as fortes chuvas, o cenário na cidade é de destruição. Carros sobrepostos, casas destruídas. Famílias utilizam pás e enxadas na busca dos parentes.
Ao longo desta quarta-feira (16), 21 pessoas foram resgatadas com vida. A região do Morro da Oficina é onde contém o maior número de vítimas. Já foram contabilizadas 229 ocorrências. Desse número, 189 foram por deslizamentos.
"Há uma grande equipe concentrada no Morro da Oficina, onde acreditamos ter o maior número de vítimas ainda soterradas. Estamos com 400 militares mobilizados e atuando em 44 pontos atingidos pelo temporal", afirmou hoje o governador do Rio, Cláudio Castro.
Uma das regiões mais conhecidas da cidade, A Rua Regina, onde existe o polo de moda de Petrópolis, foi uma outra área muito afetada. O lugar amanheceu com muita lama e com carro que foram arrastados pela enxurrada.
As regiões de da 24 de Maio, Caxambu, Sargento Boening, Moinho Preto, Vila Felipe, Vila Militar e as ruas Uruguai, Washington Luiz e Coronel Veiga também sofrem com as consequências da chuva.
De acordo com o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, as sirenes de alerta de chuva da cidade estão funcionando perfeitamente.
"Foram 200 mm de chuva em duas horas, o que chama de cabeça d'água, as sirenes funcionaram perfeitamente. A tragédia não foi maior porque as sirenes funcionaram, mas foi uma tragédia de uma hora para outra, uma quantidade de chuva absurda e infelizmente não teve como salvar todas as pessoas", comentou em entrevista.
Em Petrópolis existem atualmente 18 sirenes do Sistema de Alerta e Alarme em áreas de riscos.
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