
Oscilação de humor, alterações no sono, ondas de calor. Diversos sintomas acompanham as mulheres na chegada dela: a menopausa.
Por conta disso, uma nova opção para auxiliar nessa transição na vida reprodutiva surgiu com muita força, a chamada terapia de reposição hormonal (TRH).
Especialistas indicam a terapia assim que os primeiros sintomas da menopausa aparecem. Os indícios quando se trata de iniciar com mais de 60 anos, por exemplo, são mais limitados, ainda que algumas mulheres sentiram alívio dos sintomas recorrentes.
Assim como todo tratamento, riscos e benefícios fazem parte da TRH. Siga essa matéria para mais informações sobre a terapia.
Quais são os benefícios da TRH?
É natural que à medida que a menopausa se aproxima, os níveis de hormônio estrogênio sofrem variação e diminuem.
Esse hormônio tem sua importância por regular ciclos menstruais, contribui para a resistência óssea, influencia na temperatura do corpo, entre outros.
Devido a isso, quando os níveis de estrogênio se alteram, as mulheres sentem vários sintomas.
A TRH sobe os níveis de estrogênio e auxilia no alívio desses sintomas. Normalmente, as mulheres não utilizam sempre esse tratamento, apenas na passagem para a menopausa.
A terapia, que pode vir em forma de pílulas, adesivos, géis e anéis, tem outros benefícios, como a prevenção à perda óssea, fraturas e ao câncer colorretal. Quem tem menos de 60 anos, pode oferecer proteção contra doenças cardíacas.
Quanto tempo é o tratamento da terapia?
Geralmente as mulheres recebem a dose mais baixa possível de TRH. Por conta disso, um paciente em tratamento pode levar até três meses para sentir os efeitos completos.
Ao longo do processo, é comum que a dose e o tipo de tratamento sejam ajustados.
Já o período do tratamento, não tem um tempo estipulado para o fim do uso da TRH. Antigamente, existia um prazo limite de três ou cinco anos.
"Até quando você pode usar a terapia de reposição hormonal? Nós costumamos falar para as pacientes: até a próxima consulta: Então ano a ano, caso a caso, será avaliado o quanto os benefícios superam os riscos", explicou o ginecologista Rogério Bonassi, à BBC Brasil.
Saiba quais são os riscos da TRH
Embora haja o consenso entre especialistas de que a terapia tenha mais benefícios do que malefícios, alguns tipos de TRH estão associados a um risco moderadamente aumentado de câncer em relação às mamas e ao endométrio.
No entanto, a Sociedade Britânica da Menopausa diz que a terapia traz menos riscos ao câncer de mama do que estar acima do peso ou beber mais de duas unidades de álcool por dia.
Outro risco é que haja o surgimento de coágulos ao iniciar a terapia. Mas pode estar associado a outras coisas, como tabagismo, peso e idade.
Em caso do tratamento ser via adesivo ou gel, em vez de comprimidos, os riscos diminuem.
Efeitos colaterais
Dentro dos três meses iniciais do uso da medicação, alguns efeitos colaterais podem surgir. São eles:
- Dor mamária
- Dor de cabeça
- Náuseas
- Indigestão
- Dor no estômago
- Sangramento vaginal
À medida que a menopausa se aproxima, é comum ganhar peso, mas não há comprovação de que a TRH tenha influência nisso.
Público que não pode fazer TRH
- Teve câncer de mama, útero ou ovário
- Tem pressão alta não tratada
- Teve coágulos sanguíneos
- Teve doença hepática
- Estiver grávida
Alternativas para complementar a TRH
A principal opção para complementar a terapia é a prática de exercícios físicos, que melhora o sono, o humor e as sensações de calor.
Dieta saudável, interrupção do tabagismo, redução do consumo de café, álcool e alimentos condimentados também auxiliam.
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