Após a notícia que pesquisadores britânicos dizem ter encontrado um remédio que pode reduzir a incidência de mortes pela covid-19, a TV Jornal entrevistou o médico infectologista, Felipe Proraska, nesta terça-feira (16), para falar sobre a dexametasona e expectativa para se descobrir vacinas ou medicamentos específicos contra o novo coronavírus, que podem salvar a vida de várias pessoas.
‘’Pela primeira vez, (o estudo) começa a dar dados sólidos, com resultados muito bons. Há cinco dias mostrou que hidroxicloroquina não trazia efeitos (contra o coronavírus). (A dexametasona) não serve para todo mundo. É para os pacientes que precisam de oxigênio. Uma dose baixa por 10 dias. É uma medicação que pode trazer efeitos colaterais. Houve resposta em mais 20% dos pacientes, comparado em que não utiliza’’, afirmou o médico.
De acordo com cientistas da Universidade de Oxford, houve redução de um terço das mortes dos pacientes por coronavírus que necessitavam de oxigênio e receberem a dexametasona. Ainda de acordo com a pesquisa, o remédio não trouxe benefícios para pacientes com casos leves da covid-19.
‘’É importante dizer que não serve para todo mundo. O uso inadequado, na dose errada e no momento errado vai trazer mais efeitos deletérios do que benefícios. Então, se deve evitar o uso (da dexametasona) fora da unidade hospitalar’’, completou o médico infectologista, Felipe Proraska.
A dexametasona tem efeito anti-inflamatório e é de baixo custo. Apesar da Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda não ter se pronunciado, o Ministério da Saúde do Reino Unido confirmou que vai incluí-lo no tratamento do novo coronavírus.
Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
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