O Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) encaminhou a gestão do Hospital da Mulher do Recife, no bairro da Estância, zona Oeste da cidade, uma carta com o pedido demissão coletivo dos médicos obstetras plantonistas na unidade, número que chega a mais de 30 profissionais de saúde.
A categoria denuncia a sobrecarga de atendimento, além de jornadas exaustivas e condições precárias de trabalho. De acordo com Walber Steffano, vice-presidente do Simepe, existe uma quantidade de demandas maior do números de profissionais existem no hospital.
"Um hospital que precisa em torno de cinco a seis profissionais de plantão, chega a ter dois profissionais para dar conta de toda essa demanda", afirmou Walber. O médico ainda acrescenta que mesmo diante do pedido, a categoria espera que a Prefeitura do Recife resolva a situação da melhor forma.
Uma comerciante que não quis se identificar, está com a filha internada na unidade há cerca de 20 dias. Ela diz que a jovem estava no oitavo mês de uma gestação considerada de alto risco. Depois de muita expectativa ela foi submetida a uma cesariana, mas a espera pelo parto deixou a família revoltada.
"Marcaram a cirurgia dela, ela ficou em dieta zero, passou um dia, remarcaram e começaram a adiar. Só depois que bateu um desespero na minha filha (eu não tiro a razão dela pois o hospital é péssimo), eles só fizeram a cirurgia depois que ela entrou na sala chorando", contou a mãe.
Alaércio Félix está com a esposa e a filha recém nascida internadas na unidade de saúde. Ele diz que a quantidade de médicos não é suficiente pra atender a demanda de pacientes. "Eu presencie mulheres esperar 24h por um atendimento na recepção. Isso não é justo. Se o hospital é da mulher, é necessário uma atenção maior para as mulheres", relatou.
Em nota, a Secretaria de Saúde do Recife esclarece que está empenhada em chegar a melhor solução para as questões apresentadas pelos médicos obstetras do Hospital da Mulher do Recife. Sobre a manutenção da escala completa, o órgão explica que abriu um processo seletivo para contratação de médicos em 2020, quatro em 2021 e um em 2022.
No entanto, em todos, a adesão não aconteceu na mesma proporção da necessidade imposta. A secretaria informa também que está aberta ao diálogo com a categoria.
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