Os trabalhadores dos Correios em Pernambuco decidiram entrar em greve por tempo indeterminado durante assembleia realizada na noite desta quarta-feira (26), no Clube Português, Zona Norte do Recife. A decisão reforça o movimento nacional, que é contra as demissões, fechamento de agências e possibilidade de privatização. As atividades começam a ser suspensas já a partir das 22h desta quarta. A estatal afirma que os prejuízos somaram R$ 2 bilhões no ano passado.
Os trabalhadores, no entanto, defendem que os atuais problemas financeiros da empresa fazem parte de um "plano de desmonte" para possibilitar a privatização. A assembleia aconteceu simultaneamente em vários estados do País, todas no intuito de reforçar o movimento nacional. Além de pedir o fortalecimento institucional dos Correios e universalização dos serviços, os trabalhadores reivindicam melhorias nas condições de trabalho, a contratação de novos funcionários, mais segurança nas agências, o retorno da entrega diária e o fim da suspensão de férias.
Com a greve, a expectativa dos trabalhadores é pressionar a empresa para que seja realizada uma auditoria em suas contas, já que os movimentos trabalhistas questionam os números oficiais divulgados indicando prejuízos bilionários. Segundo o sindicato, os Correios têm cerca de 3,5 mil servidores em Pernambuco e 200 agências. No Brasil, são 1.250 agências.
Em nota, a empresa informou que, caso o movimento grevista seja deflagrado, os Correios adotarão as medidas necessárias para garantir a continuidade de todos os serviços. Mas, diante do movimento nacional, o presidente dos Correios, Guilherme Campos, criticou a paralisação. "A greve reduz o nível do serviço entregue, dá argumentos nesse sentido [da privatização] ", disse. "É muito difícil privatizar, mas se a empresa não se mostrar viável, qual outro caminho nós vamos ter?".
O comentário vai na linha do posicionamento da pasta à qual a estatal está subordinada. Segundo o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, a empresa precisa realizar cortes radicais para evitar a privatização.
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