Acompanhante e pacientes denunciam superlotação no Hospital Getúlio Vargas, localizado no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife.
Através de vídeos gravados pelo celular, foram registradas imagens de pessoas doentes à espera de macas nos corredores da unidade, dividindo o espaço com acompanhantes.
Na ala masculina, a situação é pior, pois o ar-condicionado estraria quebrado há dias.
Adriana Silva, que acompanha o pai, um idoso de 85 anos. O homem foi levado ao hospital com suspeita de fratura no fêmur, a filha conta o sofrimento que o aposentado vem passando:
"Meu pai me contou que o amarraram ontem, os maqueiros tiraram ele com maior ignorância que ele chorou e ficou lá gemendo. Com o ar-condicionado que quebrado, eu passei a noite todinha abanando meu pai", relata a ajudante de cozinha.
Além desses problemas, os acompanhantes denunciam também a situação dos banheiros do hospital. Tanto a torneira da pia, quanto os chuveiros estariam quebrados, o que provoca vazamentos constantes. Água que sai das torneiras é de tonalidade escura, o que preocupa familiares de pacientes.
O pai de Fernando Silva, um idoso de 68 anos, foi transferido para o hospital com febre e dores no corpo e até o momento, de acordo com o filho, o homem não apresentou melhoras.
"Ele é portador de diabetes e foi transferido porque estava com mal estar e muita febre. Mas diante do problema que ele tem, a falta de estrutura do hospital, agrava ainda mais o sofrimento de familiares e parentes e do próprio paciente", contou.
O hospital Getúlio Vargas disse em nota que o paciente citado na reportagem está internado na emergência fazendo uso de antibióticos. Ele deu entrada na unidade com suspeita de infecção urinária, já realizou exames laboratoriais e aguarda resultados para a conduta médica.
A unidade disse ainda, que as equipes de manutenção e limpeza atuam permanentemente para realização de reparos, além da substituição de equipamentos e reposição de materiais nas dependências do hospital.
Sobre o ar condicionado na ala masculina, já foi solicitada a substituição de peças.
A direção reconhece, ainda, a alta demanda de pacientes na unidade, mas ressalta que não nega atendimento a nenhum paciente e garante assistência a todos.
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