Em entrevista ao Por Dentro com Cardinot, os funcionários dos Correios afirmaram que podem entrar em greve a partir da próxima semana. De acordo com o secretário de informação do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos em Pernambuco (SINTECT-PE), Roberto Alexandre, uma assembleia está marcada para o dia 17 de agosto (próxima segunda-feira) para conversar sobre as reivindicações da categoria.
Queremos que restabeleça o nosso acordo coletivo, que inclui plano de saúde, auxílio especial, auxílio maternidade, vale cultura. Todos os benefícios. A empresa tirou tudo da gente. Dia 17, a partir das 22h, os Correios de todo o Brasil vão parar’’, afirmou o secretário de informação do SINTECT-PE, Roberto Alexandre.
Os trabalhadores dos Correios do bairro de Casa Amarela, na Zona Norte do Recife, tiveram que paralisar as atividades por causa higienização do local para evitar a propagação do novo coronavírus. Ainda segundo o secretário de informação do SINTECT-PE, o local está fechado por tempo indeterminado e os clientes não devem ir retirar a encomenda na agência.
Ao todo, 60 profissionais que trabalham fazendo a entrega de correspondências e encomendas na agência não estão trabalhando porque o centro de distribuição foi fechado, depois que três servidores testaram positivos para o novo coronavírus. Já o serviço de postagem continua funcionando normalmente.
Desde o início de julho, os Correios têm negociado com as entidades representativas dos empregados os termos do Acordo Coletivo de Trabalho 2020/2021. A proposta da empresa visa fortalecer suas finanças com a adequação dos benefícios dos empregados à realidade do país e da estatal. É importante esclarecer que a pauta de reivindicações enviada pela Fentect geraria um acréscimo de R$ 961 milhões nas despesas dos Correios, quase dez vezes o lucro do ano de 2019.
A empresa propõe ajustes dos benefícios concedidos ao que estão previstos na CLT e em outras legislações, resguardando todos os direitos dos empregados. Considerando a realidade financeira da estatal, com um cenário de dificuldades que tem se agravado a cada ano, a estatal precisa se adequar não só ao que o mercado está praticando, mas, também, ao que está previsto na legislação.
Os Correios seguem a orientação da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST) e as diretrizes do Ministério da Economia, que estão atentos às necessidades de reequilíbrio do caixa financeiro da empresa e de ajustes na concessão de benefícios - no sentido de adequar as relações trabalhistas das empresas públicas à CLT e assegurar a manutenção dos empregos. A economia prevista com o ajuste dos benefícios hoje concedidos fora do que está estipulado na CLT será de mais de R$ 600 milhões ao ano. A empresa, que possui 99 mil empregados, reafirma que é dever de todos, empregados e dirigentes, prezar pela manutenção das finanças dos Correios e, consequentemente, dos empregos dos trabalhadores.
Quanto à possível deflagração de uma greve, os Correios já possuem um plano de contingência formulado para garantir a continuidade de suas atividades. A estatal conta com o compromisso e responsabilidade dos empregados com a população e o país, sobretudo nesse momento em que os serviços da empresa são ainda mais essenciais para pessoas físicas e jurídicas.
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