Prestes a completar um ano, o maior desastre ambiental no litoral brasileiro tem muitas perguntas e poucas respostas. As manchas de óleo atingiram 130 municípios entre os nove estados do Nordeste e dois do Sudeste.
A Marinha finalizou a primeira parte das investigações sem revelar a origem exata do derramamento. A principal hipótese é de que o petróleo entrou em contato com o mar a uma distância de 700 quilômetros da costa brasileira. Além disso, o combustível teria circulado submerso por 40 dias até surgir nas praias.
A Polícia Federal recebeu o dossiê da Marinha e prossegue com as investigações do inquérito criminal.
O comitê da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) “SOS Mar” realizou uma pesquisa que aponta 350 mil pescadores afetados pelo vazamento no Nordeste.
A Fundação Joaquim Nabuco elaborou um estudo socioambiental e econômico relacionado as manchas de óleo. Quatro mil pessoas dos nove estados da região foram entrevistados e os resultados são preocupantes.
A perda da renda dos pescadores artesanais chegou a 42% em média e entre os ambulantes 82%. O coordenador do Centro Integrado de Estudos Georreferenciados da Fundaj, Neison Freire, alerta que os impactos ao meio ambiente continuam. “Esses grupos que nós entrevistamos foram diretamente impactados pelo petróleo – pescadores artesanais, marisqueiras, donos de bares, restaurantes, hotéis, pousadas, ambulantes. O que nós percebemos é que houve um grande impacto ao meio ambiente, que ainda persiste. Mas também impactos econômicos e sociais, principalmente para as populações de alta vulnerabilidade social. Aquelas pessoas que já vinham de uma situação precária, tanto de habitabilidade quanto econômica e financeira, que foram agravadas por estarem impossibilitados de exercerem suas atividades (...) e agora se sobrepõe um novo desastre que é a pandemia da covid-19”, destacou.
Neison freire afirma que a investigação cientifica têm que ir até o fim e identificar a origem do problema. "É uma questão muito complexa. Eu acho que [a pesquisa] precisa continuar porque os danos foram enormes e não podemos admitir que isso ocorra novamente. Como não sabemos a origem, não sabemos que quantidades vazaram e se o que apareceu representa a metade, por exemplo, do que vazou. Não sabemos se algo mais está por vir. Essas dúvidas devem ser respondidas pela ciência, pela pesquisa", completou.
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