Entre o final do mês de fevereiro e março de 2020, o Brasil começou a se preocupar com os casos diários do novo coronavírus. Em relação aos meses do novo coronavírus no país, a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos lançou uma nota técnica, nesta quarta-feira (16), para afirmar que não pode comprovar o aumento dos casos de coronavírus com o uso de transporte coletivo (ônibus).
Em Pernambuco, por exemplo, o governo estadual considerou o mês de maio como o pico da pandemia e decretou o lockdown (isolamento social) em todo o Estado. Alguns meses depois, várias atividades estão voltando ao normal, mas ainda existe a preocupação com a possibilidade dos casos do novo coronavírus voltarem a crescer.
A nota técnica da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos afirma que aponta que não há relação direta entre o transporte coletivo e o aumento do número de casos do novo coronavírus durante o decorrer dos meses da pandemia da covid-19. As informações foram compartilhadas com a imprensa e também publicadas no site da NTU.
De acordo com a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, considerando os dados da imagem abaixo, dois momentos distintos são percebidos para o caso do sistema metropolitano de transporte coletivo por ônibus de Recife, que atende também outras 13 cidades. São eles:
No mês de agosto, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE) divulgou um levantamento semelhante e afirmou que o transporte público não era vetor do novo coronavírus. Na ocasião, a Urbana-PE teve como base as informações de um projeto da Prefeitura do Recife que mostra a relação entre a quantidade de pessoas que usa o transporte público na Região Metropolitana do Recife e o número de óbitos e casos de coronavírus, entre os dias 24 de maio até 31 de julho.
O infectologista, Bruno Ishigami, na época da pesquisa da Urbana-PE, discordou da conclusão e explicou sobre o papel da aglomerações nos transportes públicos na propagação o novo coronavírus, mesmo com a determinação dos órgãos de saúde, para manter o distanciamento social de mínimo 1,5 metro como medida de prevenção.
‘’A gente vive com ônibus superlotados e isso pode ser sim um fator importante (para o novo coronavírus). É uma área abafada, com muita gente, muita gente uma perto da outra, muitas superfícies de contato, mas desde que a gente consiga respeitar as medidas de distanciamento social, que a gente consiga garantir que os passageiros não fiquem um em cima do outro, garantir que os passageiros vão estar usando máscaras o tempo todo. Então assim, a gente ainda tem que ter muito cuidado’’, explicou o infectologista, Bruno Ishigami.
Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
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