O governo tem a obrigação de vacinar, nos próximos quatro meses, todos os 38 milhões de brasileiros que receberão a nova rodada do auxílio emergencial, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Nesta terça-feira (23), Guedes falou que estas pessoas precisam sair de casa para trabalhar, mesmo recebendo o benefício.
"Quero dar ênfase para a necessidade de vacinação em massa. Está muito claro hoje que o desemprego, a recessão de hoje, teve uma focalização muito grande particularmente nos mais vulneráveis", disse.
O ministro completou falando que "os 38 milhões de brasileiros que ganham seu pão, seu dia a dia, literalmente a cada dia". Sua fala fez referência ao resultado da arrecadação de fevereiro.
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Na avaliação de Guedes, a vacinação em massa precisa ser acelerada ao máximo para assegurar o retorno seguro ao trabalho, principalmente dos informais, que constituem a população mais vulnerável.
“Particularmente, esses mais vulneráveis não podem ficar em casa, no isolamento social, tendo sua sobrevivência garantida. Mesmo a gente fornecendo auxílio emergencial, são as famílias mais frágeis".
"Eles têm às vezes 8, 9, 10 pessoas em habitações muitas vezes de só um cômodo, e são pessoas que querem trabalhar e precisam trabalhar, eles pedem para trabalhar”, declarou.
Nas palavras do ministro, há uma “assimetria de informação” entre a população de alta, média e baixa renda.
Segundo Guedes, enquanto as pessoas de maior renda toleram melhor o distanciamento social, as pessoas de classes mais baixas “têm um desejo desesperado pelo trabalho”.
Isso justifica a necessidade de vacinar em massa os trabalhadores informais e os demais beneficiários do auxílio emergencial.
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“Mesmo com a cobertura que vamos estender, mais do que nunca", disse o ministro. Para ele, é preciso evitar o dilema entre: ficar em casa com dificuldades para se manter ou sair de casa e arriscar perder a vida.
"Então, a vacinação em massa tem que ser acelerada ao máximo para garantir a chance de sobrevivência e o retorno seguro ao trabalho, principalmente para as camadas mais vulneráveis”, justificou o ministro.
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