Após estudo feito por pesquisadores britânicos apontar que a Dexametasona pode aumentar a sobrevida em pacientes que evoluem para a forma grave da infecção do novo coronavírus, o Governo de Pernambuco informou em coletiva de imprensa online nessa quarta-feira (17), que vai revisar os protocolos de combate a Covid-19 para reforçar o uso do medicamento.
O corticoide dexametasona é capaz de reduzir a mortalidade em um terço nas pessoas que precisam do respirador mecânico, segundo anunciaram, na terça-feira (16), os responsáveis do ensaio clínico Recovery – o mesmo estudo que concluiu que a hidroxicloroquina não tem efeito benéfico contra o novo coronavírus. Segundo os responsáveis pelo estudo, para cada grupo de oito pacientes submetidos à ventilação artificial, uma morte foi evitada, graças ao uso do corticoide dexametasona. Confira mais sobre o estudo AQUI.
De acordo com o médico infectologista, Felipe Proraska, o medicamento apresentou resultados sólidos em pacientes com coronavírus. "Pela primeira vez, (o estudo) começa a dar dados sólidos, com resultados muito bons. Há cinco dias mostrou que hidroxicloroquina não trazia efeitos (contra o coronavírus)’’, afirmou o médico, explicando que o dexametasona é indicado para os pacientes que precisam de oxigênio.
A boa notícia é que, além de apresentar resultados promissores, o remédio anti-inflamatório tem baixo custo. O comprimido do corticoide dexametasona custa, em média, menos de R$ 1 nas farmácias. Pela internet, a TV Jornal encontrou o remédio sendo vendido entre R$ 10,43 e R$ 6,54, a cada com 10 comprimidos.
Em Pernambuco, essa medicação já é utilizada nos hospitais públicos e privados, nos casos mais severos do coronavírus, em que há indicação. Porém, ainda segundo o infectologista, o remédio não é indicado para todos os pacientes e pode trazer efeitos deletérios. ‘’É importante dizer que não serve para todo mundo. O uso inadequado, na dose errada e no momento errado vai trazer mais efeitos deletérios do que benefícios. Então, se deve evitar o uso (da dexametasona) fora da unidade hospitalar’’, completou o médico infectologista Felipe Proraska.
Ao tomar conhecimento dos resultados, a Organização Mundial de Saúde (OMS) celebrou o avanço científico. “É uma boa notícia e felicito o governo britânico, a Universidade de Oxford e os numerosos hospitais e pacientes no Reino Unido que contribuíram com esse avanço que salva vidas”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em comunicado.
Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
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