A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação para desarticular uma organização criminosa composta por falsários especializados em fraudar CPFs e RGs. Denominada 'Granizo', a ação foi desencadeada no último dia 3, quando foram presos dois homens, pai e filho, suspeitos de envolvimento com o grupo, no Rio Grande do Norte.
A operação teve origem em uma investigação da PF em parceria com a Receita Federal, que descobriu um esquema que envolvia pessoas em Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba. O grupo falsificava cédulas de identidade e outros documentos para conseguir falsos CPFs na agência da Receita em Goiana, Região Metropolitana do Recife.
Manoel Antonio da Costa Neto, 47 anos, e Breno Marcílio Gonçalves da Costa, 27 anos, foram presos no município de Parnamirim, no RN, em um condomínio de luxo. Além de documentos que comprovavam as fraudes, a PF apreendeu dois veículos, sendo um deles importado.
Os suspeitos foram levados à audiência de custódia em Goiana e, em seguida, após confirmação de suas prisões preventivas, foram encaminhados ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel). Eles respondem pela prática de crimes de falsificação de documentos públicos e inserção de dados falsos em sistemas da Receita Federal e organização criminosa. Se condenados, os homens podem pegar penas que variam de dois a oito anos de reclusão.
Em outubro de 2018, um adolescente de 17 anos foi apreendido suspeito de falsificar documentos, também em Goiana. Segundo a Polícia Federal, o menor foi detido enquanto tentava inscrever os documentos falsificados no CPF na Receita Federal da cidade.
Ainda de acordo com a PF, os policiais chegaram até o jovem após receberem a denúncia de que ele estaria tentando criar três CPFs com os documentos falsos. Com uma fotografia dele, a polícia identificou e deteve o menor, que já havia cumprido medida socioeducativa em 2017 por receptação de uma motocicleta roubada no Estado na Paraíba.
Com ele foram encontrados diversos documentos, como certidões de nascimento, procurações públicas, cédulas de identidade e cartões de crédito. Na época, durante o interrogatório, o jovem afirmou que falsificou sozinho os documentos por meio de um programa de computador. Segundo a PF, o adolescente utilizava os documentos falsificados para abrir contas bancárias e conseguir empréstimos.
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