Uma mulher ameaçada de morte, que também teria sido espancada e torturada pelo ex-companheiro, não conseguiu registrar um boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher, localizada no bairro de Santo Amaro, na área central do Recife. O caso aconteceu nessa quinta-feira (11).
A vítima relatou que sofre há quase uma década com as agressões e ameaças do companheiro, que não aceita o fim do relacionamento. Durante esse tempo, a dona casa sofreu calada. Ela foi espancada, torturada e xingada, mas tinha medo, mas o medo sempre impedia a vítima de denunciar.
"Ele disse que me mataria com ácido muriático. Ele disse 'Ó, tá vendo esse caso na televisão? Eu faço a mesma coisa se tu me deixar'", disse.
Depois de mais uma sequência agressões físicas e psicológicas, na última semana , a dona de casa achou que iria morrer e criou coragem e para denunciar o ex-companheiro. A vítima mora na Região Metropolitana e procurou a Delegacia da Mulher. Quando chegou lá, no entanto, ela foi informada, pela equipe de plantão, que o boletim de ocorrência só poderia ser realizado na cidade onde mora.
A equipe da TV Jornal procurou órgãos de apoio às mulheres vítimas de violência no Estado. Segundo o Instituto Maria da Penha, a denúncia poderia ter sido notificada em qualquer delegacia da cidade, inclusive na da mulher.
Ainda de acordo com o instituto, a equipe de Santo Amaro deveria ter tratado o caso da dona de casa com urgência.
A dona de casa conseguiu registrar o boletim de ocorrência, no final da tarde dessa quinta-feira (11), na cidade onde mora. Na manã desta sexta (12), a mulher e os filhos foram encaminhados para o Programa de Proteção do Governo do Estado. A Polícia Civil informou que orientou a vítima a procurar a delegacia da cidade onde mora para tentar agilizar o caso junto à justiça e que, em nenhum momento, ela disse que estava com medo de voltar para sua cidade.
A violência contra a mulher é constante e frequentemente acaba em tragédia. Existe uma história para contar por trás de cada feminicídio, em Pernambuco. O especial Uma por uma contou todas. Em 2018, o projeto mapeou onde as mataram, as motivações do crime, acompanharam a investigação e cobraram a punição dos culpados. Um banco de dados virtual, com os perfis de vítimas e agressores, além dos trágicos relatos que extrapolam a fotografia da cena do crime. Confira o especial Uma por Uma AQUI.
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