Após a Secretaria de Defesa Social (SDS) divulgar que o suspeito de assassinar a garota Beatriz Angélica Mota, de 7 anos, foi identificado, a mãe da criança, Lucinha Mota, fez uma transmissão ao vivo nas redes sociais.
De acordo com ela, nenhum dos delegados envolvidos na Força Tarefa criada para investigar o caso a procurou, e que ela só ficou sabendo da informação através da imprensa.
"Não ficamos sabendo de absolutamente de nada. Fomos pegos de surpresa. Estou tentando desde cedo falar com o delegado que é responsável pelo inquérito, mas ele não me atende. Liguei para o chefe de polícia e ele me adiantou que tinha identificado (o autor do crime) e que ele tinha confessado, eu passei mal na hora, perdi os sentidos, mas já estou bem", contou.
>> Caso Beatriz: Como aconteceu a prisão do suspeito mais de 6 anos depois do crime? Entenda
Beatriz foi morta no dia 10 de dezembro de 2015 durante a formatura da irmã em uma escola em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. A criança havia se afastado dos pais para beber água e desapareceu. Pouco tempo depois, seu corpo foi encontrado dentro de uma sala desativada, com 42 facadas.
Ainda em declaração aos seus seguidores, a mãe de Beatriz diz orar todos os dias para que o assassino de sua filha seja verdadeiramente encontrado.
"Amanhã (12) vamos saber se quem foi preso é o assassino de Beatriz. Oro todos os dias para que possam chegar até ele, pois recebo muitas e muitas denúncias... Foram mais de 15 vindas de todo o País. Vários policiais civis tentando ajudar. Mas essa (denúncia), especificamente, não sabemos de nada", falou Lucinha Mota.
Detalhes sobre a operação que levou a identificação suspeito, que se chama Marcelo da Silva, de 40 anos, segundo o Blog de Jamildo, serão apresentados na manhã desta quarta-feira (12) na sede da Secretaria de Defesa Social (SDS-PE), no bairro de Santo Amaro, na Área Central do Recife.
Por fim, Lucinha disse que apesar do DNA ter dado positivo, outros elementos precisam ser confirmados, inclusive a motivação do crime.
"Peço a Deus que seja ele, que se confirme e tudo acabe. Que esse assassino seja tirado da sociedade, condenado e preso. Mas no inquérito de Beatriz não cabe um inocente, só cabem os culpados. Se foi feito o DNA e deu positivo, outros elementos precisam ser confirmados, principalmente a motivação do crime. Ninguém entra no colégio sem ser conduzido assim não. Comigo não cola", complementou Lucinha Mota, em tom de desabafo.
Por meio de nota, o Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, disse que as informações concedidas pela SDS, e um primeiro momento, trazem alento a toda comunidade.
"Reafirmamos que nos solidarizamos com os pais e familiares de Beatriz Mota e que continuamos colaborando, irrestritamente, com as investigações sempre que somos acionados", diz trecho do texto.
O Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, tendo em vista as informações repassadas pelo Secretário de Defesa Social do Estado de Pernambuco em entrevista realizada no dia de ontem (12/01/2022), de que após exames periciais de DNA conseguiu-se identificar executor do crime da menor Beatriz Moto, vem a público manifestar que respectivas informações, nesse primeiro momento, trazem alento a toda comunidade Salesiana, que tanto busca pela solução deste caso. Reafirmamos que nos solidarizamos com os pais e familiares de Beatriz Mota e que continuamos colaborando, irrestritamente, com as investigações sempre que somos acionados. Rogamos pela continuidade das apurações, confiando plenamente na Justiça, Polícia Civil do Estado-PE e Ministério Público-PE para a solução do caso.
Praticado no dia 10 de dezembro de 2015 no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, o assassinato de Beatriz completou seis anos em 2021 sem que ninguém tivesse sido preso.
Com 24 volumes, o inquérito do caso, que possui 442 depoimentos, sete tipos diferentes de perícias, 900 horas de imagens e 15 mil chamadas telefônicas analisadas, foi remetido ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), no dia 13 de dezembro de 2021.
Os autos já haviam sido enviados em 2019, quando o MPPE requisitou novas diligências. Todas as solicitações foram cumpridas e entregues ao Ministério pela Força-Tarefa criada pela Chefia de Polícia para investigar o caso.
Os quatro delegados, com vasta experiência em investigações relativas a crimes de homicídios, revisitaram todo o material que já havia sido produzido e realizaram novas diligências.
No dia 28 de dezembro, o perito criminal Diego Costa, que prestou consultoria de segurança ao Colégio Nossa Senhora Auxiliadora após o assassinato da menina Beatriz foi demitido pelo governador Paulo Câmara.
O perito era sócio de uma empresa de segurança que foi contratada pela escola e, posteriormente, participou da investigação do caso.
Para cobrar justiça diante do caso até então sem solução, a família de Beatriz, deu início a uma caminhada, no dia 5 de dezembro de 2021, de Petrolina até o Recife. Ao todo, a mulher percorreu 702 km, em um trajeto que durou 23 dias.
"Eu vim caminhando de Petrolina a pé até Recife imagine só o que não sou capaz de fazer", afirmou a mãe da garota, Lúcia Mota, na ocasião.
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