Moradores da Rua Rio Prado, localizada no bairro do Ibura, Zona Sul do Recife, enfrentam dificuldades para transitar a pé e até mesmo com veículos, devido a constantes alagamentos e acúmulo de lixo na área.
Em meio à rua, existe um canal que confunde-se com a avenida, gerando transtornos e, em dias de chuva forte, impedem até mesmo os moradores de sair de casa.
O estofador André Erasmo, morador da rua, conta que até acidentes já aconteceram no local e que teme que a situação ocasione uma morte:
"Carro já caiu aqui dentro, a gente correu pra socorrer. Já caiu com a família com tudo".
Na maioria das casas da comunidade nota-se batentes para impedir que a água invada as residências.
O aposentado Ernades da Hora de 63 anos, que tem uma perna amputada, relata a dificuldade que enfrenta:
"Todo mundo aqui têm esse batente. Quando a água vem, não quer saber de nada. Não tem como a gente sair pra canto nenhum: quem está fora não entra, quem está dentro não sai para fora".
No começo de 2013 foi iniciada, no Canal da Prata, uma obra com orçamento de R$30 milhões, com a promessa de revitalização completa, inclusive das ruas no entorno.
Porém, o serviço finalizado no final de 2020 não contemplou parte da comunidade. De acordo com a população do local em denúncias feitas a Prefeitura do Recife, a informação que consta no órgão é que já teria sido concluído a obra de revitalização da rua.
Moradores também denunciam que a coleta de lixo na comunidade é escassa, o que gera grande acúmulo dos resíduos.
Em nota, a Autarquia de Urbanização do Recife - URB informou que está buscando recursos para executar a obra no trecho do canal da Rua do Prata.
Sobre a coleta de lixo, o órgão garantiu que o serviço está acontecendo normalmente e pede para a comunidade evite o descarte irregular.
Veja a reportagem:
Cratera
Além do problema de alagamento e do acúmulo de lixo, a população na Rua Rio Prado também sofre com uma cratera localizada no cruzamento com a Rua Sebastião Constantino da Silva.
Dentro do buraco existe lixo, pedaços de madeira e até um animal morto. O problema vem causando prejuízo para quem passa de carro pelo local, além de outros riscos.
A população conta que o problema foi causado devido a uma obra da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), por conta de um vazamento de um cano.
Ainda neste local, existe uma galeria aberta, que segundo residentes na comunidade, o problema persiste há anos.
Em resposta, a Compesa informou que fecharia o buraco ainda nesta quarta-feira (4), porém a reposição do asfalto só poderá ser feita quando houverem condições climáticas.
Veja a reportagem: