Violência contra mulher

‘Senti que Deus tinha tirado minha esposa de mim’, diz marido de vendedora de pastéis vítima de bala perdida

O marido da vendedora de pastéis diz que ainda tentou socorrer a esposa para a Policlínica Amaury Coutinho, na Campina do Barreto, mas ela não resistiu.

Catêrine Costa
Catêrine Costa
Publicado em 23/09/2022 às 13:15 | Atualizado em 23/09/2022 às 15:30
Notícia
Reprodução/TV Jornal
Por volta das 20h estavam no ponto comercial de Cristiane Rodrigues da Costa, 44 anos, ela, a mãe e a filha que ajudavam no atendimento. - FOTO: Reprodução/TV Jornal

A noite da última quinta-feira (22) foi marcada por uma tragédia para a família de Cristiane Rodrigues da Costa, 44 anos.

A comerciante, mãe de família e evangélica, foi morta vítima de bala perdida enquanto vendia pastéis no bairro de Água Fria, Zona Norte do Recife. 

Por volta das 20h estavam no ponto comercial de Cristiane, a mãe e a filha que ajudavam no atendimento.

A informação é que dois homens chegaram em uma moto e começaram a atirar no verdadeiro alvo dos  que era Madson Rafael Francisco da Silva, 36 anos, dono de uma casa de shows localizada na Avenida Beberibe, próximo ao local do crime.

Madson foi baleado e correu, mas foi alcançado poucos a metros e atingido com diversos tiros.

Hilda Rodrigues, filha da vendedora de pasteis, conta que a mãe a empurrou para protegê-la dos tiros.

Foto: Sidney Lucena
Marido e filha de vendedora de pastéis. - Foto: Sidney Lucena

"Quando ouvi a zoada a minha mãe falou 'abaixa, abaixa', mas eu não consegui ouvir ela falar. Ela me empurrou para em baixo da mesa, depois ela empurrou a minha avó".

Quando eu levantei e vi que ela tinha sido acertada, eu saí gritando na rua", disse a filha de Cristiane.

O marido de Cristiane diz que ainda tentou socorrer a esposa para a Policlínica Amaury Coutinho, na Campina do Barreto, mas ela não resistiu.

"Quando eu peguei ela eu senti que Deus tinha tirado minha esposa [de mim]. Infelizmente ela foi mais uma vítima", lamentou.

INVESTIGAÇÃO

Peritos do instituto de criminalística estiveram no local e acreditam que pelo número de disparos, outra pessoa pode ter participado do crime.

Uma equipe da força tarefa de homicídios deu início às investigações.

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