Pacientes diagnosticados com leucemia estão com o tratamento interrompido há quase um mês pela falta de medicamentos em Pernambuco. Os remédios são disponibilizados através da Secretaria de Saúde do Estado, mas a substancia Dasatinibe de 50 miligramas está em falta desde o início de agosto. As pessoas que dependem da medicação temem que a falta do composto coloque em risco as suas vidas.

O medicamento é essencial para estabilizar a doença, que afeta a medula óssea do paciente com células anormais. O Dasatinibe só é vendido sob encomenda nas farmácias, mas seu pedido custaria ao paciente um gasto em torno de R$ 8 mil reais por mês. Sem o remédio, a doença pode agravar o estado de saúde e levar o paciente á morte.

A Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope) também está sem o remédio desde o mês passado. O local oferece tratamento especializado para 300 pacientes que sofrem com a leucemia. De acordo com a médica responsável, 100 pacientes dependem do medicamento com a substância Dasatinibe, só no Hemope.

A Secretaria Estadual de Saúde informou, por meio de nota, que o medicamento Dasatinibe está na fase final de compra. A previsão para abastecimento dos estoques deve acontecer no início de outubro. A equipe da TV Jornal denunciou também, no mês de agosto, a falta de Insulina Lantus na Farmácia do Estado. A secretaria havia informado que o remédio chegaria em setembro, mas o fornecimento da substancia só deve acontecer em outubro.