A novidade não agradou os motoristas. “Vejo como mais uma forma de subtrair. Já pagamos altas taxas, altos impostos e uma qualidade de serviço fraca”, contou o administrador de empresas Vilar Bernardes. Entre os impostos e taxas pagos anualmente para os veículos, se destaca o aumento do Imposto sobre a Propriedade de Veículo Automotores (IPVA), anunciado pelo governo em setembro de 2015 como parte do pacote de ajuste fiscal.
A contadora Andressa Lima foi surpreendida pela cobrança de uma taxa para o pedido de isenção. Segundo ela, nos últimos 6 anos não era preciso pagar nada, mas agora a quantia é de R$185. “Eu acho um absurdo. A gente está pedindo isenção e ter que pagar esse valor. Dizem que é para a junta médica, então vou pedir um recibo para tentar deduzir do imposto de renda, para não ter tanto prejuízo”, falou a mulher.
A quota aplicada aos carros de até 180 cavalos passou de 2,5% para 3%, uma variação que resultou num aumento de 20% na cobrança do imposto. Para motocicletas, esse mesmo aumento chega a 50%. Nas categorias mais comuns, de 50 a 300 cilindradas a porcentagem passou de 2 para 3%. “Antigamente uma moto com 50 cilindradas e uma de 1.200 pagavam a mesma alíquota, de 2%. Agora foi criada uma progressividade, ou seja, o imposto passou a ser mais justo”, explicou o secretário da Fazenda Erasmo Peixoto.
A Secretaria Estadual da Fazenda prevê que os reajustes gerem uma arrecadação de um bilhão neste ano, 25% a mais que no ano passado. Em relação as novas taxas que estão sendo cobradas, o Detran-PE informou que fazem parte do pacote de reajustes fiscais do Estado.
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