Servidores do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (CISAM-UPE) decidiram paralisar as atividades por 24h, nesta quarta-feira (21), em protesto à precariedade da unidade, que é referência para o atendimento às gestantes que enfrentam gravidez de risco.
Segundo as denúncias, no centro faltam funcionários, e as gestantes em trabalho de parto ficam em situações precárias. Em vídeos, é possível ver as gestantes esperando em poltronas, no corredor da emergência da maternidade, muitas em trabalho de parto, esperando uma vaga desde essa terça-feira (20).
Preocupação com os bebês
A situação não é só complicada para as gestantes. Os recém nascidos que vão para o Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal ficam em berços muitos próximos uns aos outros, aumentando o risco de infecções.
A superlotação no berçário fez com que as incubadoras fossem ligadas de forma improvisada, inapropriadas para o local, pois sobrecarregam a energia, podendo causar curto circuito e incêndio. A falta de espaço para os berços é tão séria, que um banheiro foi interditado para que pudesse caber mais um.
Resposta
A Universidade de Pernambuco (UPE), responsável pela gestão da unidade de saúde, disse que a superlotação é resultado da falta de outras maternidades, e que prefere atender os pacientes a mandá-los de volta para casa. Sobre os riscos com as instalações elétricas, a UPE explicou que já tomou providências para garantir o funcionamento de maneira adequada. Em relação à falta de servidores, a Universidade afirmou fazer escalas para que o atendimento seja mantido.