Uma adolescente de 12 anos que nasceu com uma má-formação na coluna sofre com problemas urinários e passa o dia de fralda. Como os gastos com os cuidados especiais são muitos, a família depende do auxílio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para poder pagar todas as despesas. O problema é que há quase dois anos o benefício de cerca de R$ 500 foi cortado porque o INSS alegou que Dayanne Vitória de Albuquerque estava apta para a vida e para o trabalho. A família vive apenas com a ajuda financeira de parentes, já que a mãe não pode trabalhar pois cuida da filha durante quase todo o dia.
A dona de casa Roberta descobriu que a filha sofre de Mielomeningocele logo depois do nascimento dela. A má-formação da coluna vertebral resultou em problemas na bexiga. Ela passou a infância fazendo xixi na fralda, mas a bexiga neurogênica e a incontinência urinária só foram descobertas anos depois. A menina usa uma sonda uretral e precisa fazer cateterismo cinco vezes ao dia para extrair o resto da urina que fica na bexiga.
Em resposta, o Instituto Nacional do Seguro Social informou que o benefício da segurada Dayanne foi desencadeado depois de uma denúncia anônima. Foi aberto um processo legal e enviado uma notificação à segurada para que ela oferecesse uma defesa. Na época, ficou constatado que a beneficiária havia superado as condições que apresentaram a concessão do benefício, pois não mais permanecia incapacitada.
O INSS informou ainda que foi garantido ampla defesa à interessada, durante todo o processo, e que a mesma pode, a qualquer tempo, requerer novamente o benefício. Ela deve agendar um atendimento pela central 135 para que o INSS analise a situação atual de saúde, realizando nova avaliação social e pericial.
O Povo naTV
Por Ciro BezerraA cobrança por soluções e a constante fiscalização das ações do poder público, em um programa feito para mostrar o que há de melhor e o que há de problemas no Grande Recife