Com informações de Priscilla Cavalcanti.
O ajudante de pedreiro acusado de matar e ocultar o corpo da namorada, a universitária Remís Carla Costa, de 24 anos, foi de 18 anos, 3 meses e 24 dias iniciando em regime fechado.
Ele responde pelo crime de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e ainda feminicídio pela Juíza Fernanda Moura.
O julgamento ocorreu nesta terça-feira (09), no Fórum Thomaz de Aquino, na área central do Recife. Já o crime aconteceu em dezembro de 2017 e foi motivado após uma briga por causa de um celular.
Na época, o acusado confessou que matou por asfixia Remís Carla e enterrou o corpo da namorada perto da casa onde morava no bairro da Várzea, na Zona Oeste do Recife, depois de um desentendimento com a vítima.
Durante todo o julgamento, a imprensa não pode gravar imagens da sessão do júri.
Família insatisfeita
A família de Remís Carla não quis gravar entrevista, mas revelou que não ficou satisfeita com o resultado da pena.
A promotora de acusação Eliane Gaia também não concordou com a sentença e disse que vai recorrer. Já a defensora pública Danielle Monteiro, responsável pela defesa do réu, aprovou o resultado.
Na sessão do júri, alegando direito constitucional, o réu decidiu não se pronunciar.
Depois da condenação, o auxiliar de pedreiro Paulo César de Oliveira Silva seguiu para o Complexo do Curado, onde ele já estava preso.
Relembre o caso
Conforme com as investigações, Remís Carla estava na casa do namorado no dia do crime.
Na ocasião, houve uma discussão entre o casal por conta de um celular e o auxiliar de pedreiro teria colocado a mão no pescoço da vítima, apertando com força, dificultando qualquer forma de defesa.
Ao invés de buscar socorro, ele concluiu que havia matado a namorada e saiu de casa, retornando na madrugada do dia seguinte, quando enterrou o corpo da vítima.
O corpo da jovem foi encontrado numa cova rasa, a poucos metros da casa dele, após quase uma semana de buscas. O crime teve grande repercussão no Estado de Pernambuco.