O advogado do ex-deputado Pedro Corrêa, Clóvis Côrrea, disse que o parlamentar está tranquilo sobre as acusações da Operação Lava Jato. Corrêa é suspeito de receber propina do doleiro Alberto Youssef oriunda de fraude em contratos da Petrobras. Nesta sexta-feira (10), um mandado de prisão preventiva foi emitido contra ele pela Justiça Federal do Paraná e enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
"Estamos tranquilos no sentido que Pedro irá colaborar para descobrir efetivamente tudo que aconteceu com esse problema do 'Petrolão'", afirma o advogado do ex-presidente do Partido Progressista. Clóvis também falou que Corrêa está à disposição da Justiça.
Sobre as acusações da nora de Corrêa estar envolvida na fraude, ele alegou: "A notícia que eu tive é de que teria saído uma matéria que Pedro estaria transferindo o patrimônio dele para essa nora, a esposa de Fábio, o único filho homem que ele tem. Isso não é verdade, eu conheço o patrimônio do meu primo, ele está endividado”, comentou. [Veja o depoimento completo no vídeo abaixo]
A nora do ex-deputado, Márcia Danzi Corrêa de Oliveira, foi levada à sede da Polícia Federal (PF) no Recife para prestar depoimento nesta manhã (10). A Polícia também foi no apartamento da mulher para recolher computadores e documentos que possam contribuir com as investigações.
Em Caruaru, no Agreste, a busca ocorreu na casa de um ex-funcionário do progressista onde foram apreendidos documentos importantes para a investigação, segundo a PF. “Ainda não posso revelar o teor destes documentos, neste momento, eles serão levados para análise em Curitiba”, disse Marcello Diniz Cordeiro, superintendente da PF em Pernambuco.
Entenda o caso- Pedro Corrêa cumpre pena no Centro de Ressocialização do Agreste, em Canhotinho. O ex-parlamentar está preso desde 2013 quando foi condenado a sete anos e dois meses de prisão em regime semiaberto no processo do mensalão, por corrupção e lavagem de dinheiro. Ele também foi condenado a pagar uma multa de R$ 2,7 milhões.
Corrêa teria recebido dinheiro para votar a favor de matéria de interesse do governo federal durante o primeiro mandando do presidente Lula. Agora, ele também é um dos investigados na Operação Lava Jato, que apura desvio de verbas da Petrobras.