Infraestrutura

Copa do Mundo deixa promessas e poucos legados para Pernambuco

Muitas obras foram anunciadas, mas a maior parte entregue inacabada para a população

Site Da TV Jornal
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Publicado em 11/06/2015 às 8:58

-Reprodução/TV Jornal
Nesta sexta-feira (12), completa um ano de que O Brasil sediou a Copa do Mundo de Futebol. Pernambuco foi uma das subsedes e recebeu cinco partidas do mundial. Para isso, foi erguida a Arena PE, em São Lourenço da Mata, e anunciado um pacote de obras que prometiam trazer mais infraestrutura e desenvolvimento para o Estado. Mas muitas dessas promessas não saíram do papel. Principalmente as que melhorariam a mobilidade no Grande Recife.

O custo dos corredores Leste/Oeste já soma R$ 168 milhões. Das 21 estações que deveriam ter sido entregues, sete ainda estão em andamento. Cinco delas nem começaram a ser construída e duas estão interditadas. Com o corredor Norte/Sul não é diferente. O custo da obra já chega à casa dos R$180 milhões. Das 29 estações, oito ainda estão em obras e duas nem começaram a ser construídas.

De acordo com o Secretário das Cidades, Gustavo Gurgel, um dos maiores entraves, no corredor Norte/Sul é a questão da desapropriação. Mas em relação ao atraso das obras como um todo, ainda segundo o secretário, o problema está na empresa que tinha sido contratada para finalizar as estações. Ela está sendo investigada na Operação Lava-Jato e, por isso, não está mais atuando no Estado. Agora, o governo está atrás de outra empresa para tocar o restante das obras.

Outro benefício que a Copa do Mundo traria era a construção de uma via que facilitaria o escoamento da produção industrial em Pernambuco e ajudaria na mobilidade das rodovias, o Arco Metropolitano. O problema é que essa estrada, que ligaria o município de Goiana ao Cabo de Santo Agostinho, nem saiu do papel. Parte do projeto foi embargado pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) por atingir a fauna e a flora local.

Na capital pernambucana e em São Lourenço da Mata, duas vias dariam mais mobilidade às cidades, mas foram entregues pela metade. A via Mangue, no Recife, está sendo finalizada este ano e deve ser entregue em dezembro. Já o Ramal da Copa, aparentemente, vai ficar por isso mesmo. Projetada para ter duas estradas, tem apenas uma e alguns moradores que tiveram as casas demolidas não foram indenizados. O legado da Copa do Mundo para os Pernambucanos ainda não é algo concreto e ficou na promessa.

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