Policiais militares suspeitos de cobrar propina a donos de casas de jogos de azar foram presos durante uma operação na manhã desta terça-feira (29). Denominada Caça-níquel, a ação foi deflagrada após sete meses de investigações. De acordo com a Polícia Civil, o objetivo era desarticular a quadrilha que atuava há pelo menos 9 anos no Recife e Região Metropolitana.

No total, foram cumpridos 11 mandados de prisão e 26 de busca e apreensão. Entre os presos estão quatro cabos da Polícia Militar. Um deles, identificado como Cabo Mizael das Neves, do 12º Batalhão, foi preso fardado quando estava indo para o trabalho. Também foram levados para o Grupo de Operações Especiais (GOE), seis soldados e uma mulher.

Segundo as investigações, eles são suspeitos de cobrarem propina semanalmente de proprietários de casas de jogos de azar, para que a atividade, que é ilegal, não fosse denunciada. Quatro pessoas ainda estão foragidas. Com o grupo foram apreendidos dinheiro, armas e máquinas caça-níqueis.

Mais de 200 policiais civis e militares participaram da operação, que foi comandada pela delegacia do Ibura. Os presos serão indiciados por concussão, extorsão, corrupção ativa e passiva e organização criminosa. Os militares seguirão para o Centro de Reeducação da Polícia Militar (Creed), uma prisão especial.

A mulher foi levada para a Colônia Penal Feminina do Recife e os donos das casas de jogos, apesar de serem vítimas do crime, também vão responder por exploração de jogos de azar.



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